Tô com sintomas de saudade, tô pensando em você... Alô, povão, agora é fé! A paralisação correta e obrigatória do mundo esportivo tem, como efeito colateral positivo, a reexibição de grandes jogos para ocupar a grade da TV e saciar a crise de abstinência nos amantes da bola.
Tem bastante oferta: da histórica final do Paulista de 1977, passando por decisões da Libertadores, clássicos e jogos importantes do Brasileiro e da Copa do Brasil até partidas de Copa do Mundo.
E o legal de ver essas partidas com distanciamento histórico e emocional, sem a distorção do momento e sabendo o resultado, é constatar que futebol é, sempre foi e sempre será muito legal.
Sabe aquela coisa de dizer que futebol agora está chato, que antes isso, antes aquilo? Cascata! Antigamente, como agora, tinha uma penca de jogos horrorosos, jogadores grossos, gramados ruins, arbitragens escandalosas. Tinha também golaços, craques, emoção, estádio lotados...
Quando vejo gente mais nova que eu lembrando com saudade da Copa de 1994 (eu já tinha 17 anos), como aquilo foi legal, que não é mais assim, lembro que não achava nada disso. Foi melhor 1982. E quem tinha minha idade em 1982 achou mais legal em 1970. E quem tinha essa idade em 1970 achou mais legal 1958. Como quem hoje baba por Messi, antes por Maradona, por Pelé, por Leônidas...
Quem vai ficando chato é a gente. Todo ser humano é saudositsta. E, até por isso, o que vimos na infância marca mais.
Agora chato mesmo é gente achar que quem já viu tudo isso pode morrer para a economia não parar. Fique em casa, proteja sua família e, principalmente, quem tem saudade há mais tempo que você.
Machado de Assis: "Eu sinto a nostalgia da imoralidade".
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
E a pelada?
O jogo virou. Correndo o risco de ser injustamente acusado de machismo, vamos aos fatos. DataVitão apurou que 88,18% das mulheres que reclamavam que toda semana o marido saía para jogar bola reclamam agora que o marido não sai para jogar bola.
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