Descrição de chapéu Opinião

Caneladas do Vitão: Chuteiras que pensam e defendem a pátria

Confira os craques que brilharam dentro e também fora de campo

São Paulo

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer... Alô, povão, agora é fé! Para não dizer que eu não falei das flores, escalamos a seleção de craques que, em algum momento, não se limitaram a falar de futebol e marcaram um golaço para o time da sociedade.

1) Barbosa: "A pena máxima por um crime no Brasil é de 30 anos. Eu pago por aquele gol há 50". O goleiro, vítima também de racismo, morreu carregando a cruz do Maracanazo.

2) Cafu: "100% Jardim Irene". Exaltar a origem periférica no futebol-ostentação tem valor!

Ao lado do colega de Corinthians Wladimir, do diretor Adilson Monteiro Alves, do jornalista Juca Kfouri e dos atores Kito Junqueira e Tânia Alves, Sócrates discursa no centro de São Paulo em campanha pelas eleições diretas em 1984
Ao lado do colega de Corinthians Wladimir, do diretor Adilson Monteiro Alves, do jornalista Juca Kfouri e dos atores Kito Junqueira e Tânia Alves, Sócrates discursa no centro de São Paulo em campanha pelas eleições diretas em 1984 - José Nascimento - 16.abr.84/Folhapress

3) Rodrigo Caio: "Eu não sou bonzinho, sou um cara justo".

4) Roger Machado: "O maior preconceito que eu senti não foi de injúria. Há racismo quando eu vou no restaurante e só tem eu de negro. Na faculdade, só tinha eu de negro".

6) Wladimir: "A Democracia Corinthiana assumiu a postura de contribuir para a abertura política".

5) Raí: "Outro absurdo do Bolsonaro é inventar crises políticas ou de interesses próprios, familiares, em meio à pandemia. Inaceitável". Honrou o DNA!

8) Sócrates: "Caso a emenda Dante de Oliveira passe na Câmara dos Deputados e no Senado, eu não vou embora do meu país"! Não passou, Magrão foi jogar na Itália.

10) Paulo César Caju: "Racismo está se tornando banal. Tem que tirar do campeonato imediatamente, prender. Se não der o exemplo, não acaba".

7) Casagrande: "Representávamos a democracia em plena ditadura militar".

9) Tostão: "Dinheiro público não pode ser distribuído para quem quer que seja. Essa é uma das razões de eu ter recusado o prêmio concedido pelo governo federal aos campeões de 1970, 1962 e 1958".

11) Romário: "Nosso futebol vem sendo sugado por cartolas que brindam os milhões que entram em suas contas. Um bando de ladrões, corruptos e quadrilheiros"!

Técnico João Saldanha: "Ele [Médici] escala o ministério, eu convoco a seleção". Peitou o ditador da vez, que queria Dadá. Caiu, com dignidade. Zagallo assumiu e levou Dadá à Copa de 1970.

Nietzsche: "É pelas próprias virtudes que se é mais bem castigado".

Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Vitor Guedes
Vitor Guedes

43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio

Assuntos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.