Descrição de chapéu Opinião

Caneladas do Vitão: Furacão Jairzinho enche a bola dos tricampeões

São Paulo

Prepare o seu coração, pras coisas que eu vou contar... Alô, povão, agora é fé! Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970, avaliou à coluna os colegas do tri e deixou claro que o orgulho e a emoção, 50 anos depois, não se perderam no tempo.

Félix: “Respeito o Gylmar, mas foi o maior goleiro do mundo. Jogou muito contra Inglaterra e Uruguai”.

Carlos Alberto: “Capita: espetacular”.

Brito, Piaza e Everaldo: “Três peças com inteligência tática que deram sustentação à defesa”.

Clodoaldo: “Muita personalidade para quem era jovem. Grande sensação da Copa: marcou, organizou e finalizou”.

O atacante Jairzinho é carregado por torcedores após o Brasil conquistar o tricampeonato na Copa do Mundo do México em 1970; O Furacão marcou gols em todas as partidas do Mundial
O atacante Jairzinho é carregado por torcedores após o Brasil conquistar o tricampeonato na Copa do Mundo do México em 1970; Furacão marcou gols todas as partidas do Mundial; foram sete em seis jogos - 21.jun.70/AFP

Gérson: “Completo. Nunca mais teremos um meia com a sua visão e lançamentos. Era completo e ainda marcava bem”.

Pelé: “Vocês da imprensa falaram que o Pelé estava cego! Você não era nascido, Vitão, mas é da imprensa então também leva a culpa [gargalhadas]. O Pelé é o exemplo de como o brasileiro não gosta de elogiar e valoriza o negativo”.

Jairzinho: “Sou o único jogador a marcar em todas as partidas de uma Copa, sete gols em seis jogos. E eu era o camisa 7 e foi a Copa de 70”.

Tostão: “Mesmo com um olho só, foi um espetáculo”;

Rivellino: “Personalidade e qualidade inquestionáveis”.

Zagallo: “Chamaram o Zagallo de louco, mas funcionou tudo bem coletivamente. O Zagallo foi o melhor treinador, o maior trabalho de um treinador na minha carreira.”

Que timaço, Jair! E ainda sobrou craques. O Ademir da Guia nem sequer foi para o México, né… “Foi uma geração de ouro. O Caju, o Roberto Miranda e o Dirceu Lopes ficaram no banco. É chato falar de nós mesmos, vocês que têm de dizer, como dizem, que é o maior time da história.”

Vocês? Era um timaço. Pau a pau com 1958, na briga pelo melhor. O maior, comandado por Brandão, é Tobias; Zé Maria, Ademir, Moisés e Wladimir; Ruço, Deus Basílio e Luciano; Vaguinho, Geraldão e Romeu, mas não vou escrever isso para os antis não me acusarem, injustamente, de clubista.

José Saramago: “Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória”.

Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Vitor Guedes
Vitor Guedes

43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio

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