Prepare o seu coração, pras coisas que eu vou contar... Alô, povão, agora é fé! Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970, avaliou à coluna os colegas do tri e deixou claro que o orgulho e a emoção, 50 anos depois, não se perderam no tempo.
Félix: “Respeito o Gylmar, mas foi o maior goleiro do mundo. Jogou muito contra Inglaterra e Uruguai”.
Carlos Alberto: “Capita: espetacular”.
Brito, Piaza e Everaldo: “Três peças com inteligência tática que deram sustentação à defesa”.
Clodoaldo: “Muita personalidade para quem era jovem. Grande sensação da Copa: marcou, organizou e finalizou”.
Gérson: “Completo. Nunca mais teremos um meia com a sua visão e lançamentos. Era completo e ainda marcava bem”.
Pelé: “Vocês da imprensa falaram que o Pelé estava cego! Você não era nascido, Vitão, mas é da imprensa então também leva a culpa [gargalhadas]. O Pelé é o exemplo de como o brasileiro não gosta de elogiar e valoriza o negativo”.
Jairzinho: “Sou o único jogador a marcar em todas as partidas de uma Copa, sete gols em seis jogos. E eu era o camisa 7 e foi a Copa de 70”.
Tostão: “Mesmo com um olho só, foi um espetáculo”;
Rivellino: “Personalidade e qualidade inquestionáveis”.
Zagallo: “Chamaram o Zagallo de louco, mas funcionou tudo bem coletivamente. O Zagallo foi o melhor treinador, o maior trabalho de um treinador na minha carreira.”
Que timaço, Jair! E ainda sobrou craques. O Ademir da Guia nem sequer foi para o México, né… “Foi uma geração de ouro. O Caju, o Roberto Miranda e o Dirceu Lopes ficaram no banco. É chato falar de nós mesmos, vocês que têm de dizer, como dizem, que é o maior time da história.”
Vocês? Era um timaço. Pau a pau com 1958, na briga pelo melhor. O maior, comandado por Brandão, é Tobias; Zé Maria, Ademir, Moisés e Wladimir; Ruço, Deus Basílio e Luciano; Vaguinho, Geraldão e Romeu, mas não vou escrever isso para os antis não me acusarem, injustamente, de clubista.
José Saramago: “Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória”.
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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