A pandemia do coronavírus fez aumentar a procura pela vacina da gripe, provocada pelo H1N1, na capital paulista. Mesmo sabendo que não estarão protegidos da nova doença, a população lotou as clínicas particulares e fez desaparecer o medicamento do mercado.
Ao longo desta sexta-feira (10), o Agora procurou dez clínicas que normalmente oferecem a vacina para a gripe. Em apenas três delas havia a vacina à disposição. A reportagem visitou a Clínica Vacinarte, na Lapa, zona oeste da capital paulista. Segundo Ricardo Contesini, o proprietário e médico responsável, na última terça-feira (17) chegou um lote com 3.000 vacinas e todas foram aplicadas.
"Só aqui na clínica foram 300 vacinações. Nós também atendemos condomínios, escolas e empresas, o que fez com que as vacinas acabassem rapidamente", disse Contesini, que deve receber o próximo lote no começo de abril.
Segundo o médico, desde os surtos do influenza, o vírus da gripe H1N1, que teve picos em 2009 e 2015 e 2016, era esperado para este ano um novo aumento dos casos dessa gripe.
"Aconteceu essa pandemia e isso, claro, gerou o aumento da procura pela vacina. Porém, é preciso informação população que essa vacina não protege contra o coronavírus", disse Contesini.
Entretanto, segundo o médico, essa vacina pode ajudar a diagnosticar o coronavírus.
"Os sintomas são os mesmos. Os dois são prevalentes [influenza e coronavírus]. Se uma pessoa que tomou a vacina ficar gripada de novo é provável que ela não tenha o coronavírus. Isso vai ajudar bastante no diagnóstico", aponta.
Para acelerar a vacinação de toda a população, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) confirmou nesta sexta-feira (20), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, que a vacinação contra a gripe, provocada pelo influenza, começará na próxima segunda-feira (23), nos postos de saúde estaduais e municipais de todo o estado.
Neste primeiro momento, porém, a prioridade é para os idosos acima de 60 anos e os profissionais que cuidam da saúde.
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