A marca italiana Beretta venceu um pregão da Polícia Militar de São Paulo para a aquisição de 300 fuzis de assalto calibre 5,56. Cada arma será vendida por 2.335 euros (R$ 10.525), caso os fuzis passem em testes de qualidade feitos pela corporação. O total investido no armamento será de mais de R$ 3,150 milhões.
Segundo o tenente-coronel Marco Aurélio Valério, chefe do Centro de Material Bélico da PM paulista, os fuzis serão utilizados por policiais do batalhão de Choque, como a Rota (Ronda Ostensivas Tobias Aguiar) e Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), além de Baeps (Batalhão de Ações Especiais da Polícia) no interior paulista.
“Este tipo de fuzil é o primeiro a ser adquirido no Brasil [pela PM]. Ele é diferente, pois pode cumprir diversos tipos de atividades, tanto urbanas como rurais”, afirmou o especialista em armas da PM.
Valério explicou que o diferencial dos fuzis da Beretta é que eles podem ter seus canos trocados em apenas cinco minutos, sem a necessidade da ajuda de um armeiro. Os modelos atuais usados pela PM, por exemplo, necessitam em média de três dias para a troca dos canos, que são feitos por um técnico.
Na prática, acrescentou o tenente-coronel, é como se cada arma fosse duas. “Com cano mais longo, o policial trabalha em áreas mais abertas, como para dar apoio em regiões de presídio. Já com o cano mais curto, pode realizar ações de rotina dentro de cidades.”
A marca belga FN Herstal foi classificada em segundo lugar no pregão, com a oferta de 4.610 euros (R$ 20.785). As fabricantes brasileiras Taurus e Imbel não apresentaram propostas para o certame.
Valério adiantou ainda que, na próxima semana, a PM vai abrir mais um pregão para a compra de mil fuzis calibre 762 (um tipo de calibre mais potente).
A PM começa na segunda-feira (16) a testar pistolas da marca austríaca Glock, que venceu um pregão para vender 40 mil armas à corporação. Isso corresponde a 49% das armas curtas usadas pelo atual efetivo da PM, que era de 81.565 policiais até a primeira quinzena de agosto.
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