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Caneladas do Vitão: Covid-19 ignora negacionista calendário-2021 do futebol

Passou da hora de os estaduais, Copa do Brasil, Brasileiro, Sul-Americana e Libertadores reduzirem datas e deslocamentos

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São Paulo

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei, transformai as velhas formas do viver... Alô, povão, agora é fé! Com mais de um ano de pandemia, já está claríssimo para quem não muge, tem polegar opositor e é bípede que não há como enfrentar o vírus sem que todos percam. Não há solução perfeita, sem efeitos colaterais. O objetivo, pois, priorizando a saúde, é encontrar a melhor estratégia de redução de danos.

Devido à pandemia, os estádios, como o Allianz Parque, seguem sem torcida, mas o número de jogos também deveria diminuir
Devido à pandemia, os estádios, como o Allianz Parque, seguem sem torcida, mas o número de jogos também deveria diminuir - Cesar Greco - 16.fev.21/Ag. Palmeiras/Divulgação

Com a óbvia necessidade de parar tudo que não é essencial (futebol incluso) no desgovernado país que apostou na cloroquina enquanto o mundo corria atrás de vacina e agora está com o sistema de saúde e a economia colapsados, faz-se necessário mexer no calendário e perder datas. Não dá para ir adiando os jogos “ad aeternum”!

Passou da hora de os estaduais, Copa do Brasil, Brasileiro e até mesmo Sul-Americana e Libertadores, embora a situação em todo o continente não esteja tão grave quanto no Brasil, reduzirem datas e deslocamentos.

Não dá para fazer Brasileirão em turno e returno em 38 datas, não dá para manter mata-mata de ida e volta com viagens em países diferentes na Sul-Americana e Libertadores, não tem cabimento manter Copa do Brasil em ida e volta a partir da segunda fase. Não tem sentido 12 rodadas na primeira fase do Paulista, mais quartas, semifinais em ida e volta e duas finais!

Querem cumprir o campeonato? É possível. Após o fim das necessárias e tardias restrições, classifique só o primeiro de cada grupo, semifinal e final em jogos únicos. O futebol vai perder parte do dinheiro? Sim, como perderam comércios, indústrias, bares, ambulantes, eu, tu, ele, nós, vós, eles...

Pior do que reduzir formatos e previsões por causa de um mórbido motivo de força maior, é fingir naturalidade e, à banda do Titanic, negar a gravidade da pandemia, manter o repertório enquanto o barco do futebol (e de toda a coletividade) afunda sete palmos abaixo da terra!

Fernando Pessoa: “A renúncia é a libertação”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca! No agora.com.br! E no youtube.com/blogdovitao.

Mata-mata
Em mórbida contagem regressiva para os 300 mil MORTOS (294.115), o país epicentro mundial da “gripezinha” registrou 1.259 MORTOS ontem. Paralelamente aos números sepulcrais, FPF e clubes se reúnem hoje para tratar estratégias para tentar driblar as restrições estaduais e interromper a paralisação do Paulistão.

Lewandowski
Não teve CovidãoSP, mas a bola rolou em países com a vacinação avançada e governados por seres humanos que não perdem tempo com cloroquina e tratamento precoce inúteis. Lewandowski, que fez 3 no 4 a 0 do Bayern sobre o Stuttgart, foi o cara do final de semana e é candidato a manter o título de melhor do mundo.

Vitor Guedes
Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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