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Caneladas do Vitão: Pandemia não é o único fator que está matando o negacionista futebol brasileiro

O desinteresse das novas gerações é crescente

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São Paulo

Enquanto os homens exercem seus podres poderes... Alô, povão, agora é fé! Na última sexta, enquanto o Corinthians anunciava que a sua dívida, arena à parte, é de R$ 900 milhões, a Uefa sorteava os cruzamentos das quartas de final da Liga dos Campeões e da Liga Europa.

O Bayern de Munique, do artilheiro Robert Lewandowski, é muito mais assunto por aqui do que a paralisação do Paulista
O Bayern de Munique, do artilheiro Robert Lewandowski, é muito mais assunto por aqui do que a paralisação do Paulista - Matthias Balk/Pool/AFP

Nas redes antissociais, que já faziam o papel dos botecos antes mesmo do necessário isolamento social, a repercussão do sorteio europeu foi incomparavelmente maior que debates sobre a paralisação ou continuidade do Paulista e sobre a monstruosa dívida alvinegra.

Nas redes da minha bolha (formada, majoritariamente, por torcedores de times paulistas), teve muito mais bate-boca apaixonado e acalorado sobre o "azar do PSG", "City e Bayern farão final antecipada na semifinal" e similares do que sobre os nossos clubes e campeonatos.

Meu filho Basílio, 12 anos, estava ansioso: "Pai, pai, pai, você viu?" Pela empolgação, achei que o cloroquiner que não gosta de ser chamado de genocida tinha caído. Errei. "Pai, o Borussia se ferrou, pegou o City na 'Champions', mas o Arsenal deu sorte na 'Europa League'". Fim.

A "gripezinha" é um gravíssimo problema mundial e que afeta, óbvio ululante, todas as atividades econômicas, especialmente no país desgovernado pelo lunático pai do 01, 02, 03, 04 e da "fraquejada" 05, mas está longe de ser o único mal do futebol brasileiro.

O desinteresse das novas gerações é crescente. Se, pós-pandemia, nada estrutural mudar, quem viver verá a morte da relevância do jogo disputado dentro do país. Negar o problema não resolve!

Fernando Pessoa: "A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo".

Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca! No agora.com.br! E no youtube.com/blogdovitao.

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Eu e Raony Pacheco fechamos o domingo, ao vivo, às 23h, debatendo o final de semana esportivo no país e no mundo, repercutindo a paralisação do Paulistão e projetando o futuro do futebol em meio à pandemia. Inscreva-se no canal Blog do Vitão e ative o sininho: youtube.com/blogdovitao.

Caneladas do Vitão
Vitor Guedes
Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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