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Mundo Olímpico: Atletas que pegarem Covid manterão resultados nos Jogos de Tóquio

Será um prêmio de consolação do COI aos competidores

São Paulo

Uma das grandes dúvidas em relação à disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio foi esclarecida nesta terça-feira (15) pelo diretor de esportes do COI (Comitê Olímpico Internacional), Kit McConnell. Em entrevista ao site Inside the Games, o dirigente explicou o que acontecerá se um atleta tiver o teste positivo para Covid-19 durante sua competição.

Como não poderia ser diferente, o atleta (ou time) será automaticamente isolado dos demais. No entanto, agora vem a novidade: ele será substituído pelo derrotado na fase anterior, mas manterá o resultado obtido até aquele momento na Olimpíada.

O diretor esportivo Kit McConnell fala durante entrevista coletiva do Comitê Olímpico Internacional
O diretor esportivo Kit McConnell fala durante entrevista coletiva do Comitê Olímpico Internacional - Behrouz Mehri/Pool/AFP

Esse esquema só valerá para as modalidades cujas disputam duram mais de um dia. No caso do judô, por exemplo, em que o competidor faz todas as lutas no mesmo dia, não teria como, uma vez que ele seria impedido de entrar no tatame.

No vôlei de praia, porém, se uma dupla avançar no torneio e chegar à final, mas um dos jogadores tiver o teste positivo para Covid antes da decisão, a parceria seria substituída na disputa da medalha de ouro pela derrotada nas semifinais. Nesse caso, a dupla isolada manteria sua posição, ou seja, a medalha de prata, porque ela já havia garantido essa conquista.

Assim, seriam dadas duas medalhas de prata. O dirigente não deixou claro, mas a tendência é que o bronze ficaria com a outra dupla semifinalista derrotada, que não teria com quem jogar.

Segundo McConnell, essa foi a solução encontrada pelo COI para que atletas e equipes não percam o resultado mínimo que tiverem obtido nos Jogos.

Ele afirma também que cada esporte terá a sua própria cartilha no tocante aos casos de Covid. As federações internacionais e o COI se uniram para criar os Regulamentos Específicos de Esportes, para garantir que haja uma paridade nas tomadas de decisões em casos de coronavírus.

No fim, apesar de o número de casos da doença ainda estar alto no Japão, a pouco mais de um mês da cerimônia de abertura, a expectativa é que a Olimpíada transcorra sem problemas e sem casos positivos. Mas se algum atleta realmente for contaminado, essa determinação do COI fará pelo menos com que ele não seja punido por isso e receba o diploma de participação olímpica, ou uma medalha.

Claudinei Queiroz
Claudinei Queiroz

49 anos, é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduado em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário Senac e tecnólogo em Gestão do Esporte pela Universidade São Marcos. E-mail: claudinei.queiroz@grupofolha.com.br

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