Na véspera das últimas edições olímpicas, as discussões principais sempre eram os altos custos das obras e, mais fortemente na Rio-2016, qual legado deixariam para o futuro do país.
Para os Jogos de Tóquio-2020, porém, esses assuntos foram praticamente esquecidos com o advento da pandemia de Covid-19. O temor inicial era tão grande que se falou em cancelamento dos Jogos. Mas o COI (Comitê Olímpico Internacional) e os organizadores (CO) chegaram a um acordo para adiar em um ano o evento, com a esperança de que desse tempo de a pandemia ser controlada.
Isso não aconteceu e, mesmo assim, os Jogos começaram na madrugada desta quarta-feira (21) com as primeiras partidas de futebol e softbol. Ao contrário do que torciam COI e organizadores, os casos de Covid-19 só cresceram, aumentando ainda mais a preocupação da população.
Na Vila Olímpica, os primeiros casos positivos já foram detectados e os cinco atletas e dirigentes contaminados, colocados em quarentena. O que acontecerá daqui até o dia 8 de agosto, data da cerimônia de encerramento? Infelizmente, a tendência é que mais casos apareçam, seguindo o ritmo na cidade.
Já que os Jogos vão mesmo acontecer, o brasileiro tem bons motivos para ficar acordado de madrugada a partir de agora. São grandes as expectativas de que o Brasil bata o recorde de medalhas conquistado na Rio-2016: 19, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze.
Com a entrada do surfe e do skate no programa olímpico, pelo menos cinco medalhas têm grande chance de sair apenas dessas duas modalidades. E ainda temos os tradicionais vôlei, vôlei de praia, vela, judô, futebol, natação, maratona aquática, boxe, ginástica artística, canoagem e atletismo, além de alguma outra surpresa.
Mas como em Olimpíada todos estão no auge da forma física e técnica, só nos resta torcer, e muito, para que a Covid fique longe dos atletas e que eles voltem carregados de medalhas.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.