As centrais sindicais se reúnem nesta terça (21) com o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma da Previdência. O encontro será às 11h, na Câmara dos Deputados, e terá a participação de UGT (União Geral dos Trabalhadores), da Força Sindical e de outras centrais.
"Não somos contra [à reforma] como um todo, mas vamos falar que a Previdência deve ser igual para todos os trabalhadores. Se um juiz ganha mais do que o teto (hoje em R$ 5.839,45), deve ser capitalizado. Não concordamos que algumas categorias tenham um teto previdenciário e outras, não", diz uma fonte ligada à central.
O presidente da comissão especial da da Câmara dos Deputados que analisa a proposta de reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), disse nesta segunda-feira (20) que o governo Bolsonaro (PSL) é incapaz de formar uma maioria para aprovar a PEC (proposta de emenda à Constituição).
Segundo a agência Reuters, ele afirmou que o país não pode ficar refém dessa situação e que o Congresso vai liderar o processo. "Nós temos que isolar os problemas com a postura do governo e fazer o que tem que ser feito para o Brasil, que é fazer a reforma da Previdência andar."
O deputado ainda estimou que a proposta não tenha o apoio de mais de 200 deputados (dos 308 votos necessários) para ser aprovada em dois turnos de votação na Casa e ser encaminhada ao Senado.
Na sexta-feira (17), Ramos já havia sinalizado que os líderes partidários podem apresentar uma proposta própria de alteração das regras previdenciárias. Recentemente, líderes da maioria na Câmara anunciaram vetos a trechos da PEC na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Eles querem retirar os trechos do texto sobre BPC, aposentadoria rural e dispositivos que desconstitucionalizam as regras previdenciárias. O governo já abriu mão de alguns pontos do texto original da reforma, no final de abril.
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