A auxiliar de escritório Caroline Reina Felipe Fernandes, 28 anos, da Vila Miami, na região da Vila Prudente (zona leste), diz que terá de abrir mão do emprego caso não consiga uma vaga no CEI (Centro de Educação Infantil) Indir Maria Penha Nascimento, no Jardim Ângela, mesma região, para o filho de nove meses.
A leitora conta que, no dia 2 de maio, esteve na creche para fazer a inscrição. “Perguntei quando sairia a vaga e disseram que meu filho está na fila de espera, sem previsão. Fui orientada a acompanhar o processo pelo site da prefeitura, com o número de protocolo fornecido. Entrei e fiz a consulta para as duas creches mais perto da minha casa. Em uma, havia 175 bebês à frente, e na outra, 68”, relata.
Caroline afirma que a funcionária de uma das creches disse que ela deveria ter solicitado a vaga quando o filho nasceu.
Ela está no emprego há três meses e precisa ajudar nas despesas da casa. A mãe de Caroline, que é quem fica com a criança, está em tratamento médico e, em um mês, fará uma cirurgia para a retirada da vesícula.
“Não posso ficar desempregada. O salário do meu marido não é suficiente.”
É a segunda vez que Caroline passa pelo problema. Por intercorrências na gravidez, ela saiu em licença-maternidade um mês antes do previsto e retornou quando o bebê completou três meses, mas pediu demissão para cuidar do filho.
Prefeitura de São Paulo: 156
Prefeitura não dá previsão
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação de SP informa que a criança está na fila de espera em dez unidades localizadas a menos de dois quilômetros de sua residência e, assim que surgir a vaga, o bebê será chamado.
“Cabe esclarecer que houve uma redução de 11% na fila da região pretendida. Na região, existem dez novos convênios em análise que, se forem celebrados, atenderão 755 crianças”, diz a nota enviada à reportagem do Agora.
No entanto, não há nenhuma previsão de quando a vaga para o bebê de Caroline poderá surgir.
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