O professor Denílson Battistini, 54 anos, de São Bernardo do Campo (ABC), conta que, até o mês passado, pagava R$ 1.487,76 pela mensalidade de seu plano de saúde. No entanto, o leitor afirma que foi pego de surpresa ao receber o boleto para pagamento deste mês, no valor de R$ 2.512,42.

“O meu convênio é SulAmérica, administrado pela Qualicorp. O que eu pagava já não era pouco, mas saltou para o montante inacreditável. De repente, um reajuste de R$ 1.024,66”, diz.

Battistini relata que não recebeu nenhum aviso prévio ou explicação sobre o aumento. “Eu apenas descobri o novo valor porque o boleto não havia chegado e, no dia 3 de agosto, entrei no site para solicitar a segunda via. Levei um susto homérico. Não tive esse aumento de salário”, diz ao Agora.

O leitor afirma que entrou em contato com a central de atendimento da Qualicorp para entender o que estava ocorrendo. “A única coisa que consegui foi um protocolo. Com a maior naturalidade disseram que o aumento se devia à pandemia. Como assim? Além de tudo ainda falta treinamento aos atendentes.”

Depois, o professor foi informado de que o aumento representaria a somatória da mudança de faixa etária, de 53,16% (cobrados pela SulAmérica) mais 16,84% (da Qualicorp) como reajuste anual do plano.

“O atendente disse que a única possibilidade seria eu passar para um plano inferior ou mudar de operadora, mas isso levaria uns cinco dias úteis. Não resolveram nada até o momento.”

Operadoras mantêm reajuste

A Qualicorp esclarece que, conforme previsto em contrato, o reajuste por faixa etária e o reajuste anual são definidos pela operadora de plano de saúde e que, na função de administradora de benefícios de planos coletivos, busca negociar o menor índice de reajuste anual possível.

A SulAmérica informa que os aumentos anual e por faixa etária estão em conformidade com as normas da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e também descritos no contrato de adesão do leitor Denílson Battistini.