A aposentada Sueli Fontes Alves, 67 anos, de Sorocaba (99 km de SP), conta que, no dia 5 de março, comprou um pacote da Decolar para viajar entre os dias 15 e 22 de junho para João Pessoa (PB).
Por causa da pandemia, a leitora resolveu obter informações sobre a possibilidade de a viagem ser mantida. “Primeiro tentei falar na Decolar, mas não fui atendida. Então resolvi entrar em contato diretamente com as empresas. Descobri que o voo havia sido suspenso, e o hotel, fechado por causa da Covid-19.”
Sueli reclama que, em nenhum momento, foi avisada pela Decolar sobre a situação. “Se eu não tivesse entrado em contato com o hotel e a companhia aérea, estaria esperando um retorno da Decolar até hoje.”
A aposentada diz que o pacote ficou o total de R$ 3.036,70, em dez parcelas no cartão de crédito. No entanto, afirma que os descontos continuam sendo realizados nas faturas.
A leitora conta que, no dia 5 de julho, solicitou o reembolso, pois não tinha mais interesse em viajar.
“Para a minha surpresa, na fatura do cartão de crédito estornaram apenas R$ 199,85. Desde então, não consigo mais falar com a Decolar. Fico horas pendurada na linha sem ser atendida. Também não existe um email para que eles prestem esclarecimentos.”
“Peço a intervenção do Defesa do Cidadão para que a empresa esclareça de que forma serei ressarcida. Também gostaria de saber o que significa essa devolução de R$ 199,85”, afirma.
Decolar cancela voo e hotel
A Decolar informa, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, que entrou em contato com a cliente e esclareceu sobre os procedimentos e prazos de reembolso. Segundo a empresa, a passagem aérea e a hospedagem estão canceladas e em processo de reembolso.
A empresa diz ainda que, no caso da passagem aérea, o prazo é até 12 meses, conforme a medida provisória 925/20. Já o valor de R$ 199,85 é uma taxa, que a Decolar reembolsou integralmente.
A companhia afirma que entrou em contato com a consumidora Sueli Fontes Alves para prestar todos os esclarecimentos sobre os procedimentos e prazos.
Em novo contato com o Agora, a leitora afirma querer uma previsão para a devolução. “Ou pelo menos parem de cobrar as prestações no meu cartão de crédito. É um absurdo”, afirma.
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