Pagamento da 6ª parcela do auxílio emergencial tem início nesta quinta (17)

Por enquanto, calendário da nova fase foi divulgado apenas para beneficiários do Bolsa Família

São Paulo

O pagamento da sexta parcela do auxílio emergencial tem início nesta quinta-feira (17) para beneficiários do Bolsa Família. Demais grupos, como informais, ainda não tiveram o calendário divulgado pelo Ministério da Cidadania.

Seguindo a mesma logística dos últimos meses, os beneficiários do programa do governo recebem a grana extra conforme o final do NIS (Número de Identificação Social). Os pagamentos, que agora começam em R$ 300, seguem até 30 de setembro. Mães responsáveis pelo sustento da família continuam com o direito à cota dobrada, de R$ 600.

O auxílio emergencial, inicialmente, teria três parcelas de R$ 600, pagas a partir de abril. No final de junho, o governo anunciou a prorrogação por mais dois pagamentos, totalizando cinco cotas de R$ 600.

No início de setembro, foi confirmada mais uma prorrogação, dessa vez por mais quatro parcelas até o final do ano, totalizando nove pagamentos.

A MP (Medida Provisória) nº 1.000/2020 também reduziu o valor mensal do benefício, de R$ 600 para R$ 300, e criou regras mais duras para a permanência dos beneficiários (com exceção de membros do Bolsa Família).

​Bolsa Família - 6ª parcela do auxílio emergencial

Final NIS Data do pagamento
1 17 de setembro
2 18 de setembro
3 21 de setembro
4 22 de setembro
5 23 de setembro
6 24 de setembro
7 25 de setembro
8 28 de setembro
9 29 de setembro
0 30 de setembro

6 milhões de pessoas perderam direito

A medida provisória que permitiu a prorrogação do auxílio por mais quatro parcelas (da 6ª à 10ª), além de reduzir o valor à metade e impor regras mais duras de elegibilidade, também fez com que nem todos os beneficiários cheguem a receber as dez parcelas.

Segundo o Ministério da Cidadania, a ampliação do benefício vai apenas até dezembro e, com isso, somente quem recebeu a primeira parcela em abril terá direito às cotas extras que somarão, ao todo, nove parcelas até o fim do ano. “Serão pagas até quatro parcelas do novo valor. Quem passou a receber a partir de julho, por exemplo, terá direito a apenas uma parcela do novo benefício, que será paga no mês de dezembro”, explica a pasta.

A decisão do governo pode prejudicar muitos trabalhadores informais. O motivo é que, em alguns casos, mesmo quem se inscreveu em abril conseguiu o benefício só depois, seja por demora na análise federal ou porque contestou resposta negativa sobre seu caso. Além disso, o prazo final para se inscrever para ter o benefício foi 2 de julho.

As novas exigências, mais restritivas, farão com que até 6 milhões dos atuais beneficiários não recebam integralmente a segunda rodada do benefício, informa a Folha.

A economia estimada para o governo será da ordem de R$ 5,7 bilhões por mês —R$ 22,8 bilhões no acumulado até o fim do ano, segundo técnicos do Ministério da Economia. Eles pediram anonimato para explicar os impactos da medida.

A Folha enviou questionamentos ao Ministério da Cidadania, responsável pelo controle dos beneficiários.

Por meio de sua assessoria, a pasta informou que houve redução de 921 mil inscritos por causa de fraudes ou irregularidades no cadastro, uma recomendação da CGU (Controladoria-Geral da União) e do TCU (Tribunal de Contas da União).

A pasta não informou os motivos da exclusão dos demais 4,8 milhões de cadastrados nem explicou se esse contingente só receberá parte das quatro parcelas residuais do auxílio.

Assuntos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.