Confira dicas para economizar gás de cozinha e energia elétrica em 2021

Preço do botijão de gás chegou a custar R$ 120 em 2020; foi acionada bandeira vermelha 2 neste mês para a conta de luz

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São Paulo

As despesas fixas com energia elétrica e gás de cozinha pesaram no bolso do brasileiro em 2020. Para equilibrar o orçamento no próximo ano, a saída é otimizar o consumo desses gastos essenciais.

De acordo com o IPCA-15, o botijão de 13 kg do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) teve alta acumulada de 10,86% neste ano em São Paulo e, no Brasil, aumento de 8,30%. Enquanto a inflação em São Paulo foi 4,29% e, no Brasil, de 4,23%.

Pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), realizada durante o mês de dezembro em 104 postos de distribuição na capital paulista o preço médio do botijão de 13 kg foi de R$ 73,34, sendo o valor mínimo de R$ 63,99 e, máximo, de R$ 85,90.

O presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, diz que ainda é difícil prever como ficarão os preços do gás de cozinha nos próximos meses.

Ele afirma que, apesar do aumento, houve equilíbrio na cobrança do botijão durante 2020. “Houve reajuste entre maio e dezembro, mas ocorreram cinco quedas seguidas entre janeiro e maio.”
Para ele, o consumidor final não sofreu esse impacto tanto quanto o produtor.

“Podemos considerar um aumento de 23% no valor do gás para o produtor durante o ano inteiro. O dólar e os impostos subiram, logo, as margens para a distribuição achataram. É importante lembrar que o consumidor tem o poder e deve pesquisar o melhor preço.”

O presidente do Sergás (Sindicato das Empresas Representantes de GLP da Capital e dos Municípios da Grande São Paulo), Robson Carneiro Santos, acredita que o preço do gás ficará estável no início de 2021. “A Petrobras sinaliza que teremos aumento, mas penso que não, pois em 2020 o reajuste foi bem acima do esperado.”

Ele frisa que, por causa da pandemia, houve aumento na demanda pelo gás de cozinha e, consequente falta do produto durante um período. “Por ficarem mais tempo em casa, as famílias passaram a cozinhar mais, o que trouxe mudanças para o nosso mercado. Em meados de 2020 o gás chegou a custar de R$ 110 a R$ 120 em algumas revendas.”

Santos afirma que, um botijão de gás dura, em média, 45 dias e custa entre R$ 80 e R$ 90 para o consumidor. “Pode pesar no bolso porque a pessoa paga adiantado, mas o GLP é de 20 a 25% mais barato do que o gás encanado, pois não é preciso pagar taxa de administração, por exemplo.”

O custo da energia elétrica não subiu acima da inflação oficial em 2020: em São Paulo, acumulou alta de 2,69% e, no Brasil, aumentou 1,81%. Mas neste mês, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acionou a bandeira vermelha 2, a faixa mais alta de tarifação da energia.

Economia doméstica | De olho no gás

Confira dez dicas para cozinhar com eficiência e gastar menos:

  1. Pesquise o melhor preço, mas não abra mão da qualidade do serviço e da confiança na distribuidora
  2. Alguns alimentos, como assados, requerem o pré-aquecimento do forno, mas não é preciso fazer isso por um longo período. Geralmente 10 minutos antes a 200º C é o ideal
  3. Use panelas proporcionais à boca do fogão para evitar desperdício de gás, pois parte do calor gerado acaba passando para o ar e não para a panela
  4. Utilize o vapor: enquanto cozinha outros alimentos, é possível utilizar o vapor do preparo colocando uma escorredeira metálica sobre a panela para cozinhar legumes
  5. Use a tampa da panela: o preparo de pratos como macarrão, por exemplo, permite que o cozimento seja feito com o fogo desligado ao usar a tampa. Para isso, basta deixar a água ferver, adicionar a massa, desligar o fogo e tampar.
  6. Forno fechado e cheio: abrir e fechar a porta do forno muitas vezes é a receita para o desperdício de gás. Tente observar os alimentos utilizando a luz interna e, sempre que possível, asse mais de um alimento ao mesmo tempo
  7. Evite colocar o fogão em corredores de vento, como perto de janelas e portas para que assim as chamas não se apaguem e o gás escape
  8. Corte em pedaços menores: alimentos cortados em partes pequenas cozinham mais rápido, fazendo com que o gás seja menos utilizado
  9. Atenção aos sinais de que o gás está acabando: quando o botijão está no fim, as chamas ficam com as pontas avermelhadas, o que demonstra que a combustão não está sendo eficaz e que a pouca quantidade de gás ‘queima’ com dificuldade em reação com o oxigênio
  10. Uma grande aliada na economia de tempo é a panela de pressão, que além disso reduz os gastos com gás

Energia elétrica

A energia elétrica também pesou no bolso do consumidor em 2020
Veja abaixo algumas dicas para evitar sustos com a conta de luz:

  • Aproveite ao máximo a iluminação natural
  • Pinte as paredes com cores claras e utilize lâmpadas fluorescente
  • Mantenha geladeira e freezer longe de fontes de calor
  • Verifique a borracha de vedação que deve estar em perfeito estado. Ajuste o botão de temperatura de acordo com as indicações do fabricante;
  • Passe a maior quantidade de roupa possível de uma única vez, regulando a temperatura do ferro elétrico de acordo com o tipo de tecido
  • Evite banhos demorados e mude a chave do chuveiro de inverno para verão nos dias quentes
  • Desligue da tomada todos os aparelhos que têm o sistema stand by (aquela luz que fica acesa mesmo com o aparelho desligado)
  • Utilize a máquina de lavar roupas na sua capacidade máxima
  • Ao substituir ou adquirir novos eletrodomésticos ou aparelhos eletrônicos, dê preferência aos que possuem o selo Procel, pois possuem eficiência energética, ou seja, menor consumo de energia

Bandeira tarifárias

Criadas em 2015, as bandeiras sinalizam o custo real da energia. O funcionamento é simples: as cores indicam se a luz custará mais ou menos.

Bandeira verde: tarifa não tem acréscimo

  • Bandeira amarela: tarifa tem acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos
  • Bandeira vermelha 1: tarifa tem acréscimo de R$ 4 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos
  • Bandeira vermelha 2: tarifa tem acréscimo de R$ 6 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos

Fontes: Aplicativo Chama, Procon - SP, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e reportagem

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