Descrição de chapéu INSS Defesa do Cidadão

Família tenta aumentar valor de pensão por morte

Segundo filha da pensionista, a aposentadoria do pai foi calculada com erro

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A família de Nilza Pereira Ierezzi, 79 anos, tenta rever o valor da pensão que a idosa recebe desde 2007, quando seu marido, Benedicto Ierezzi, morreu. Com idas e vindas na Justiça, o caso se arrasta desde então, de acordo com a psicopedagoga Ana Maria Pereira Ierezzi, 56 anos, filha do casal.

Ana Maria relata que o primeiro pedido de revisão do benefício foi feito por Benedicto na década de 1980. Ele havia se aposentado por invalidez e, segundo a filha, “o cálculo da aposentadoria estava incorreto”. “Ele entrou com um processo para que fosse corrigido. Isso se arrastou até mais ou menos o fim dos anos 1990, quando foi julgada a ação”, diz.

Nilza Pereira Ierezzi (à esq.) ao lado da filha Ana Maria; idosa faz tratamento contra um câncer e, segundo a família, está com dificuldade para pagar contas - Arquivo pessoal

Segundo ela, a solicitação foi julgada procedente pela Justiça, mas o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recorreu. "Minha mãe ficou pensionista e o benefício só diminui. Quando meu pai se aposentou, ele teria que receber quase quatro salários mínimos [o equivalente a R$ 4.400, considerando o valor atual do piso]. Hoje ela recebe pouco mais de um salário. Houve uma perda muito grande”, afirma.

Moradora de Santos (72 km de SP), Ana Maria diz que a família está tendo dificuldade para se manter sem receber o valor que considera adequado, principalmente pelo fato de a idosa estar passando por um tratamento contra um câncer. “Meu pai já faleceu precisando do dinheiro, e agora é ela quem está passando por isso.”

Ainda de acordo com a filha, Nilza não recebe nenhum outro benefício do INSS, como aposentadoria.

“Essa demora é um absurdo total. É muito triste ver inúmeros brasileiros pagando o INSS e não ter um apoio quando chegam na velhice”, diz. Segundo Ana, não foi dado prazo para que a situação seja resolvida.

Justiça vai analisar o pedido

Por meio de nota de sua assessoria de imprensa, o INSS informou ao Agora que o caso da pensionista Nilza Pereira Ierezzi está em tramitação na Justiça. O caso será julgado pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). O INSS acrescenta que a ação ainda não foi concluída e o valor devido à segurada será pago judicialmente. O órgão orienta a família que procure o tribunal ou o advogado constituído para obter mais informações a respeito do caso.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.