A aposentada Vanilda Aparecida dos Santos, 68 anos, reclama da falta de transparência ao contratar um empréstimo do banco BMG. Moradora da Vila Maria (zona norte), ela tomou crédito de R$ 3.000, que seria quitado em quatro parcelas de R$ 900.
O que ela não sabia é que se tratava de um crédito consignado e que o valor seria descontado diretamente de sua aposentadoria.
Ela afirma que, ao fechar o negócio, o atendente não forneceu nenhuma cópia do contrato. “Neste mês, achei que ia receber um boleto ou carnê, mas tive a surpresa de terem debitado R$ 875,44 direto da minha aposentadoria, o que me deixou sem recurso para pagar meu aluguel de R$ 1.260”, relata.
Quando foi até uma unidade do BMG para esclarecer a situação, Vanilda recebeu o espelho do contrato e levou mais um susto. “Foi feito um empréstimo consignado com 12 prestações de R$ 875,44, totalizando R$ 10.505, com juros absurdos de 26,46% ao mês”, afirma.
A aposentada conta que, além dos gastos fixos de casa, ela tem problemas de saúde —como diabetes, hipertensão, labirintite e um câncer metastático em tratamento— que também geram custos. “É um típico caso de abuso de um banco contra a terceira idade”, comenta.
“Preciso da ajuda do Defesa do Cidadão para que este empréstimo seja revisto. Esse abuso financeiro pode me levar à falência, pois moro sozinha e dependo da minha aposentadoria”, diz.
BMG e leitora firmam acordo
O BMG afirma que fechou novo acordo com a aposentada Vanilda Aparecida dos Santos para resolver a situação da “melhor forma”. A nota enviada à reportagem complementa que a instituição financeira permanece à disposição para esclarecimentos visando “clareza, transparência e ética em todos os processos” com os clientes.
Ao Agora, a leitora confirmou que o banco entrou em contato prometendo uma solução. “Agradeço pela ajuda da Defesa do Cidadão”, afirma.
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