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Ferroviários da CPTM decidem entrar em greve a partir da 0h desta terça-feira (24)

Trabalhadores das linhas 11, 12 e 13 votaram a favor da paralisação por reajuste salarial

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Flavia Kurotori
São Paulo

Ferroviários das linhas 11-coral, 12-safira e 13-jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) decidiram em assembleia entrar em greve a partir da 0h desta terça-feira (24). Os trabalhadores reivindicam reposição salarial referente à data-base de 1º de março dos exercícios 2020/2021 e 2021/2022.

A paralisação foi votada em assembleia realizada nesta segunda-feira (23) e aproximadamente 2.500 funcionários devem cruzar os braços, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil. Cerca de 750 mil usuários podem ser afetados.

A determinação é que os trabalhadores mantenham 70% do efetivo nos horários de pico --das 5h às 9h e das 17h às 20h-- e 50% nos demais horários.

Movimentação na estação do Grajaú na greve da CPTM realizada em julho
Movimentação na estação do Grajaú na greve da CPTM realizada em julho - Rivaldo Gomes - 15 jul. 2021/Folhapress

Segundo Alexandre Mucio, secretário-geral da entidade, um dos principais motivos para greve é o fato de a empresa ter proposto o pagamento dos valores retroativos em 10 parcelas a partir de fevereiro de 2022.

O sindicato apresentou a contraproposta de acertar os retroativos em agosto e setembro, respectivamente, porém, não foi aceita. A negociação foi mediada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região) de São Paulo na tarde desta segunda-feira (23).

O reajuste salarial é de 4% para o exercício de 2020/2021 e de 6% para 2021/2022. “É pouco para a empresa, mas para o trabalhador, faz toda a diferença”, avalia o sindicalista.

O TRT paulista já havia determinado que a companhia aplicasse o reajuste salarial. A CPTM recorreu, mas o TST (Tribunal Superior do Trabalho) decidiu a favor dos trabalhadores.

Em relação ao PPR (Programa de Participação nos Resultados) 2022, ficou decidido que a negociação será feita em "momento oportuno" em conjunto com os demais sindicatos representantes dos ferroviários.

Em julho, funcionários das linhas 7, 8, 9, 10 e parte da 13 fizeram outra greve na CPTM. A paralisação foi organizada pelos sindicatos de trabalhadores das ferrovias de SP, zona sorocabana e dos engenheiros do estado de SP.

A greve, que teve início no dia 15, durou um dia e terminou após um acordo entre funcionários e a empresa. Contudo, esta negociação não contemplou os ferroviários das linhas 11, 12 e 13, uma vez que o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil não participou da negociação.

Procurada pelo Agora, a CPTM não se manifestou até a publicação deste texto.

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