Funcionários das linhas 11, 12 e 13 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) aprovaram a realização de uma greve a partir do próximo dia 24. Entre as reivindicações estão reajustes salariais e o pagamento do PPR (Programa de Participação nos Resultados) do ano passado.
De acordo com Múcio Alexandre Bracarense, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, outra assembleia será realizada no dia 23, um dia antes da data prevista para o início da paralisação, para confirmar se a decisão está mantida. Até lá, a companhia pode fazer alguma proposta aos trabalhadores.
O sindicalista afirma que o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo havia determinado que a CPTM aplicasse um reajuste de 3,63% para o exercício 2020/2021 e de 6,36% para 2021/2022. A empresa, entretanto, recorreu da decisão, que posteriormente foi cassada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Ainda de acordo com Bracarense, a empresa não pagou o PPR de 2020, que já havia sido oficializado em acordo assinado com o sindicato.
Se, após a assembleia do dia 13, os trabalhadores confirmarem a greve, serão paralisadas as linhas 11-coral (Luz-Estudantes), 12-safira (Brás-Calmon Viana) e 13-jade (Luz-Aeroporto de Guarulhos) que, juntas, transportam cerca de 650 mil passageiros durante a pandemia de Covid-19.
Em julho, trabalhadores fizeram outra greve na CPTM, que atingiu as linhas 7, 8, 9 e 10, além de parte da 13. A paralisação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana e Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.
Na ocasião, a greve teve início no dia 15, mas o funcionamento das linhas voltou ao normal no dia seguinte, após um acordo entre funcionários e empresa. Esse acordo não abrange as linhas 11, 12 e 13, que são representadas pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, que não participou da negociação.
Procurada pelo Agora para comentar o assunto, a CPTM não se manifestou até a publicação deste texto.
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