O advogado Antonio Francisco Furtado, 82 anos, tenta desde o ano 2000 se aposentar pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por tempo de contribuição. Já são mais de 20 anos de espera e nenhum sinal de que o benefício será liberado.
O primeiro pedido de aposentadoria, apresentado em 2000, foi negado pelo INSS. Morador da zona norte de São Paulo, Furtado recorreu da decisão e o caso foi parar na Justiça. Ele afirma que ganhou a causa em 2017, depois de passar pela última instância. Mesmo após a vitória nos tribunais, ele não começou a receber o benefício.
“Eu fui no INSS com a sentença e mostrei aos funcionários. Eles me disseram que tinham recebido a intimação e que seria feito o cálculo do valor do benefício. Mas até hoje eu não recebo nenhum tostão do INSS”, afirma.
Furtado diz que contribuiu com o INSS durante “mais de 40 anos”. “Não entendo o porquê da demora. Além de advogado, sou contador. Se o problema é o cálculo, eu posso ajudá-los com isso”, acrescenta. Ele também cobra o pagamento dos valores retroativos.
O advogado afirma que não consegue sequer consultar o andamento de sua situação pela internet. “Meu processo ainda é físico, muito antigo e não consta no sistema, apenas na agência, que também não faz nenhum atendimento.”
Apesar da demora, Furtado diz que não pretende entrar com novo processo contra o INSS. “Eu não quero entrar com outra ação, porque senão isso vai se eternizar. Eu já tenho 82 anos. Isso é desgastante.”
Pedido ainda está em análise
Por meio de nota enviada ao Agora por sua assessoria de imprensa, o INSS informou somente que o pedido apresentado por Antonio Francisco Furtado “foi encaminhado para a área técnica para análise e conclusão”.
O instituto não comentou o motivo da demora para a concessão do benefício e também não deu uma previsão de quando o idoso poderá ter acesso à sua aposentadoria por tempo de contribuição.
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