Renault Sandero automático testa sua força contra o Fiat Argo

Hatch com câmbio CVT encara o rival com motor mais potente

São Paulo

O câmbio automático já faz parte do dia a dia do consumidor brasileiro. Segundo a consultoria Jato, a venda desse tipo de carro triplicou nos últimos 10 anos.

Mesmo assim, a Renault demorou para tirar o pedal da embreagem do Sandero. A primeira tentativa, em 2011, foi frustrada. A caixa era uma ultrapassada de quatro marchas e as vendas não decolaram. Em 2015, a aposta foi na transmissão automatizada de embreagem simples, que não caiu no gosto do público.

Agora a marca parece ter acertado com o câmbio CVT lançado no mês passado junto com uma reestilização da frente e da traseira do hatch.

Ela está disponível a partir da versão intermediária Zen, por R$ 62.990, mas o Agora testou a topo de linha, Intense, que custa R$ 65.490, já tem ar-condicionado automático, rodas de liga leve de 16", bancos com partes revestidas de couro e central multimídia com câmera de ré.

Além da transmissão CVT (sem trocas de marcha), o Sandero passou a ter controles de tração e estabilidade e airbags laterais.

Próximo dele está o Fiat Argo Precision, que custa R$ 63.990, mas ar automático, rodas de liga leve e câmera de ré são vendidos à parte. Completo, o Fiat salta para R$ 74.620. A mais, tem chave presencial, mas não tem as bolsas laterais.

A vantagem do Argo está sob o capô. O motor 1.8 de até 139 cv é mais forte do que o 1.6 de até 118 cv do Renault. A transmissão automática de seis marchas também é mais eficiente do que a CVT, embora tenha alguns atrasos em reduções.

Mas, para uso urbano, o conjunto do Sandero não faz feio e é mais econômico. Durante os testes, o Renault fez média de 9,8 km/l contra 8,5 km/l do rival. Os dois com álcool.

 

Por dentro, o acabamento do Sandero deixa a desejar. O hatch insiste em plásticos simples. Havia falhas em encaixes em peças na unidade testada pela reportagem. Não que o Argo seja um primor, mas é um pouco mais caprichado, embora também tenha suas falhas.

O lado bom do Sandero é o espaço interno. É mais receptivo para cinco adultos do que o rival. No Fiat, o espaço para as pernas atrás é mais escasso e o porta-malas é um pouco menor. São 320 litros disponíveis no Renault, contra 300 litros no Argo.

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