Menos de 24 horas após o furto de aparelhos para realização de exames no Quarteirão da Saúde, em Diadema (ABC), no domingo, o laboratório de análises clínicas particular CDB, no Tatuapé (zona leste de São Paulo), também foi alvo de furto de equipamentos na noite de segunda-feira.
Agora, o prejuízo foi maior: os sete colonoscópicos e os nove gastroscópios estão avaliados em cerca de R$ 1,5 milhão. Os aparelhos furtados são uma espécie de mangueira, utilizados para diagnósticos no sistema digestivo.
De acordo com a polícia, os suspeitos são uma mulher e três homens. O caso só foi descoberto pelos funcionários às 6h de anteontem, quando colaboradoras do setor de endoscopia notaram que a porta principal do local havia sido arrombada e que os armários estavam abertos e sem os aparelhos. Da mesma maneira que ocorreu no domingo, no Quarteirão da Saúde. Porém, por lá o prejuízo foi de R$ 600 mil.
Imagens de câmeras de segurança mostram os quatro suspeitos em ação. Primeiro, uma mulher entra e se senta. Depois, chegam três homens. Por volta das 22h de segunda-feira, saem do local com uma mala e uma mochila. De acordo com o boletim de ocorrência, o furto durou 15 minutos.
A presidente da Comissão de Ética e de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, Ana Zuccaro, avalia os cabos em R$ 150 mil cada um. “No Brasil, existe todo um mercado negro, já que as fabricantes são estrangeiras e só existem três representantes oficiais. Nele [mercado negro], custam R$ 30 mil, R$ 50 mil”, disse.
Ela acredita ainda que furtos desses tipos de equipamentos podem ter outra motivação. “A segunda utilização é para empresas de assistência técnica, que não podem importar peças. O fruto do furto acaba em desmanche”, afirma.
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