Descrição de chapéu Grande SP

Falso médico é preso em Guarulhos por aplicar silicone industrial

Uma das vítimas ficou em coma após receber a injeção do produto

São Paulo

​Um falso médico, que aplicava silicone industrial em pacientes, foi preso ontem em Guarulhos (Grande SP). Por conta da atividade ilegal do suspeito, de 35 anos, uma vítima ficou em coma e outra terá que amputar a perna. A defesa do autônomo Patrick Galvão Matos Ferreira não foi encontrada pela reportagem.

Patrick Galvão Matos Ferreira, falso médico que aplicava silicone industrial em pacientes - Divulgação/PM
Patrick Galvão Matos Ferreira, falso médico que aplicava silicone industrial em pacientes - Divulgação/PM

Segundo a polícia, investigações indicaram que Ferreira oferecia tratamentos estéticos, como suplementações, colocação de anabolizantes e Metacril (implante injetável), no bairro Paraventi, onde reside, na casa da mãe dele e em hotéis da cidade.

“Uma das vítimas chegou a ser hospitalizada e ficou em estado de coma, com embolia pulmonar, após a colocação de silicone na região dos glúteos, tendo alta hospitalar após 18 dias de internação”, disse a Polícia Civil.

Em outra vítima, o falso médico aplicou o silicone industrial em uma das pernas “razão pela qual será necessária uma intervenção cirúrgica, já que está em estado de necrose”, acrescentou a polícia. As aplicações custavam entre R$ 1.200 e R$ 1.500. Mulheres e travestis procuravam o serviço.

A polícia prendeu o falso médico no momento em que ele iria aplicar silicone industrial em uma modelo, de 26 anos, em um hotel na região central da cidade.

Segundo a modelo, ela conheceu o suspeito, em dezembro do ano passado, em uma academia. Ele se apresentou como médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

O suspeito chegou a aplicar silicone industrial na jovem, a quem namorou. “Estou com muito medo de morrer, já que sei que estou com silicone industrial no corpo”.

Ferreira não tem nenhuma formação na área da saúde. Na casa dele, foram apreendidas seringas e ampolas usadas nos procedimentos.

O falso médico foi preso em flagrante por exercício ilegal de medicina, lesão corporal grave e adulteração de produtos medicinais.

A prisão foi feita pelo Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos). O caso é investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).

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