O acusado de assassinar a menina Kauane Cristhiny Soares Rodrigues, 6 anos, há uma semana em Mongaguá (89 km de SP), afirmou à polícia que queria “se vingar” de um parente da vítima e por isso sequestrou a criança, que acabou matando por esganadura. A informação foi dada durante depoimento à Polícia Civil.
A menina estava em casa quando desapareceu, na madrugada do dia 17, mesma data em que foi morta, segundo a polícia.
O delegado Francisco Antônio Venceslau afirmou ao Agora que o acusado descreveu o “passo a passo” do assassinato. A defesa dele não foi encontrada.
Segundo o morador de rua Rodrigo de Paulo Sales, 28, ele pegou Kauane no quarto, quando a criança dormia. Em seguida, caminhou com ela no colo. “Em dado momento, a menina teria acordado e reconhecido o suspeito, que a fez voltar a dormir”, relatou Antônio Venceslau.
Sales frequentava esporadicamente a casa da vítima, segundo a polícia, para comer e tomar banho, com a permissão dos pais de Kauane.
O acusado ainda disse que caminhou cerca de 5,5 quilômetros com a garota, até chegar perto de uma linha de trem, na avenida Sorocabana. “Neste momento, a menina acordou e começou a gritar”, disse o delegado.
Por conta disso, Sales afirmou à polícia que tapou a boca da criança e a esganou. Em seguida, jogou a vítima em uma vala e foi dormir. Ele nega que tenha abusado sexualmente de Kauane.
O corpo da menina foi encontrado na vala cinco dias após o desaparecimento. “Vamos checar todas as informações dadas pelo suspeito, para sabermos de fato o que aconteceu”, explicou o policial civil.
Segundo Venceslau, um laudo preliminar do IML não constatou a causa da morte da criança, por causa do avançado estado de decomposição do corpo. “Solicitamos exames complementares para verificar o que motivou a morte, além se houve violência sexual”.
Uma das suspeitas da polícia é a de que Kauane tenha sido afogada até a morte.
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