O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determinou, nesta quinta-feira (31), ser facultativo o uso de simuladores no processo de formação de motoristas em autoescolas.
Além disso, o órgão diminuiu de 25 horas para 20 horas o tempo de aulas práticas a alunos que pretendem tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de categoria B (condutor de veículos com peso bruto de até 3.500 quilos e lotação máxima de oito lugares).
As medidas devem entrar em vigor em 90 dias.Segundo o ministro da Infraestrutura e presidente do colegiado, Tarcísio Gomes de Freitas, a exigência de aulas noturnas também cairá de cinco horas para uma hora, contribuindo, de acordo com ele, para desburocratização das etapas de formação para condutores.
O presidente Jari Bolsonaro (PSL) afirmou nas redes sociais que a medida vai baratear em cerca de R$ 300 os custos para se conseguir uma CNH.O Contran também mudou regras para os interessados em tirar a habilitação para conduzir ciclomotores, que contam com limite de 50 cilindradas.
Segundo o órgão, no período de um ano, os interessados podem fazer a prova sem realizar aulas teóricas ou práticas. “Caso o candidato seja reprovado, ele deverá frequentar as aulas práticas”, diz o Contran.
Para Júnior Andrade, diretor de ensino CFC (Curso de Formação de Condutor) Bresser (zona leste) sua unidade continuará a usar o simulador. “Muitos alunos nunca pegaram em um carro e, caso errem nos simulares, não há riscos”, afirma.
Sérgio Ejzenberg, especialista em engenharia de transportes, afirma que o simulador cria situações de risco, reais em ruas e estradas, que não ocorrem durante aulas práticas, em vias de pouco movimento, por isso é importante.
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