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Aquecedor a gás exige atenção e manutenção permanentes

Aparelho deve ser instalado em local ventilado para evitar concentração de gases

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São Paulo

Manter um aquecedor de água, movido a gás, dentro de casa exige constante atenção e manutenção permanentes. Qualquer descuido com o equipamento pode, inclusive, ser fatal, como aconteceu no domingo (14), em Santo André. 

Segundo Deli Borges Meira Sobrinho, que há 12 anos trabalha instalando aquecedores, os cuidados começam antes mesmo de o aparelho ser instalado em uma residência ou comércio. "Antes de instalar o aquecedor, é importante que um técnico avalie se o local é adequado, contando com ventilação", afirmou.

A família que foi encontrada morta em Santo André (ABC); aquecedor de água pode ser causa - Arquivo pessoal

Ele explicou que, em equipamentos instalados em residências, a manutenção precisa ser feita uma vez ao ano. Já para aquecedores instalados em clubes, hotéis e comércios, é necessário metade deste tempo. "Isso é importante para evitar qualquer problema de vazamento", alertou. 

No domingo (14), uma família foi encontrada morta em um apartamento em Santo André (ABC). Segundo o delegado Roberto Von Haydin, do 1º DP da cidade, as vítimas morreram após inalarem monóxido de carbono que vazou do aquecedor a gás do apartamento.

Manutenção

O capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, alertou que o monóxido de carbono, que pode vazar de aquecedores, é traiçoeiro e fatal. "Ele não tem cor nem cheiro. A pessoa o inala até que começa a sentir dor de cabeça, tontura, culminando em desmaio e parada cardiorrespiratória", afirmou. 

Ele recomenda para que sempre se deixe alguma saída de ar, onde há aquecedores, além de se monitorar constantemente a chama do aparelho. "O fogo precisa ser sempre azul. Caso ficar alaranjado, é importante fazer a manutenção". 

Ele acrescentou que há detectores de monóxido de carbono que podem ser adquiridos por cerca de R$ 80 em lojas da cidade. 

Investigação

O delegado Roberto Von Haydin, do 1º DP de Santo André (ABC), afirmou que a investigação sobre a morte da família de orientais, constatada neste domingo (14) na cidade, está praticamente concluída. "Neste momento, só falta a conclusão dos laudos do Instituto de Criminalística, para confirmar o que já foi constatado". O prazo para a conclusão dos laudos pode durar até um mês. 

Von Haydin acrescentou que todas as testemunhas foram ouvidas ainda no domingo e que "não há necessidade" de serem feitas novas coletas de depoimento. 

Roberto Utima, 46 anos, Kátia Utima, 47, Bárbara Utima, 14, e Enzo Utima, 3, haviam retornado de uma viagem, na sexta-feira (12). Desde então, não contataram familiares, que desconfiados acabaram encontrando a família morta.

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