Um auxiliar de serviços gerais, de 39 anos, foi morto a tiros durante o roubo de seu celular em um ponto de ônibus, por volta das 5h30 desta quinta-feira (11), no Parque Santo Antônio (zona sul de São Paulo). A polícia investiga se a vítima reagiu ao assalto ou se foi morta após entregar o aparelho.
Depois roubarem e atirarem em Fábio Roberto Leonardo, na rua Guilherme Jerônimo Klosternecht, dois suspeitos que estavam em uma moto foram para outro ponto de ônibus, na rua Antônio Ramos Rosa, a cerca de 2,5 km do local do latrocínio (roubo seguido de morte).
No segundo ponto, a dupla, de 20 e 21 anos, tentou assaltar um policial militar à paisana, do serviço reservado da corporação, que reagiu.
Segundo a polícia, o PM atirou ao menos dez vezes, ferindo os assaltantes que fugiram, a pé, por cerca de um quarteirão.
Ao avistarem um Fiat Idea cinza, os criminosos renderam o motorista, roubaram o carro e deram continuidade à fuga. “Porém, o veículo conta com sistema de bloqueio de combustível. Por isso, parou e os ladrões abordaram outro motorista, em um Ford Escort”, afirmou o delegado Bruno Ramos, do 92º DP (Parque Santo Antônio).
Com o segundo carro, os dois assaltantes rumaram para um hospital na região do Campo Limpo, também na zona sul.
No local, segundo apurado pelo Agora, a dupla teria afirmado que havia sido baleada em um assalto, ocorrido em um ponto de ônibus. A versão dos suspeitos, porém, não convenceu a equipe médica, que chamou a Polícia Militar.
Ao chegarem no hospital, os PMs encontraram o revólver usado no latrocínio, calibre 38, perto da entrada da unidade de saúde.
Um dos suspeitos foi ferido na região do abdômen e o outro na barriga e no peito. O estado de saúde deles não foi informado.
Durante o atendimento médico, um dos criminosos indicou o endereço de mais dois ladrões, que estariam fazendo arrastões junto com a dupla ferida na manhã desta quinta.
Na região do Parque do Largo, PMs localizaram mais dois suspeitos, de 18 e 20 anos, em uma moto roubada. Com eles também foi localizado um revólver calibre 38.
O delegado Bruno Barros afirmou que irá indiciar os quatro pelo latrocínio do auxiliar. A defesa do quarteto não foi encontrada pela reportagem.
O delegado acrescentou que o 92º DP vai investigar a eventual participação dos quatro suspeitos em uma série de arrastões na região. “Recebemos diariamente denúncias sobre homens em motos que levam celulares de pessoas, inclusive em pontos de ônibus”, afirmou.
Rapaz caseiro
Segundo a madrasta de Leonardo, a dona de casa Patrícia Marins, 51, o enteado sofria insuficiência mental leve. “Ele era uma pessoa muito caseira. Ia da casa para o trabalho e do trabalho para casa. Aos domingos, ia para a igreja”. Ela disse que o rapaz não costumava sair sozinho.
Leonardo trabalhava há cerca de dez anos em uma empresa de motores, perto da avenida das Nações Unidas. Na manhã desta quinta, ele saiu antes da mãe, que o acompanharia até a chegado do ônibus.
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