Dois oficiais das forças armadas foram feitos reféns na favela de Paraisópolis (zona sul da capital paulista), por mais de duas horas, após serem abordados por dois suspeitos, ainda não identificados, no momento em que estavam em um carro com mais dois oficiais do Exército, por volta das 6h, no Morumbi (zona oeste). Nenhuma das vítimas usava uniforme no momento da ação criminosa.
Segundo relatado à polícia por dois oficiais, de 43 e 59 anos, eles e mais dois integrantes do Exército, de 28 e 42 anos, estavam em um carro Fiat Uno cinza quando foram abordados por dois ladrões armados,na avenida Alcides Sangirardi.
Dois dos oficiais, que estavam nos bancos dianteiros, saíram do veículo após o anúncio do assalto. Seus lugares foram ocupados pelos dois bandidos, que segundo a polícia, pegaram os celulares, cartões bancários e respectivas senhas dos outros dois integrantes do Exército, que permaneceram no banco traseiro do veículo.
Na sequência, os ladrões levaram as vítimas até a favela de Paraisópolis, onde os oficiais permaneceram por cerca de 40 minutos. Enquanto isso, os outros dois acionaram a Polícia Militar. Ao todo, as vítimas ficaram nas mãos dos criminosos por pouco mais de duas horas.
Na favela, dois criminosos permaneceram com as vítimas, enquanto mais dois ladrões saíram para realizar saques com os cartões bancários roubados. Com o retorno destes criminosos, os bandidos colocaram um dos oficiais no porta-malas do Uno, onde havia um uniforme do Exército, e outro no banco traseiro do carro. Após verem a roupa militar, um dos ladrões agrediu um dos oficiais com uma coronhada na cabeça.
Antes da agressão, segundo boletim de ocorrência, os oficiais teriam afirmados aos criminosos que trabalhavam como bibliotecários.
Em seguida, os bandidos deixaram as vítimas em uma viela, onde os dois oficiais foram localizados pela PM.
Não foi informada a quantidade de dinheiro que teria sido feita pelos criminosos.
Sequestros
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), foram registrados três casos de extorsão mediante sequestro no primeiro semestre deste ano na capital paulista. Isso representa metade dos casos do mesmo período do ano passado.
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