O jovem de 21 anos que sobreviveu a uma suposta troca de tiros entre guardas-civis e dois criminosos, no último sábado (12) em um posto de combustível em Itaquaquecetuba (Grande São Paulo), passou a tomar remédios e fazer tratamento psiquiátrico por conta da ocorrência.
Na ocasião, ele foi preso acusado de participação na tentativa de assalto, que resultou na morte da namorada de um dos GCMs e de dois amigos do rapaz sobrevivente, que acabou sendo solto na quarta-feira (16). Imagens de uma câmera do posto mostraram que ele e os amigos não tinham envolvimento com o assalto.
Segundo a mãe do jovem, uma dona de casa de 50 anos, o filho a ajuda durante a semana. Ela disse que é cardíaca e que o filho estava com os amigos que morreram para vender picolés e água em Aparecida (180 km de SP), durante o feriado de Nossa Senhora. "Meu filho não é bandido. Mas como foi preso injustamente nem consegue falar direito. Ele esta traumatizado", afirmou.
A dona de casa acrescentou que contratou um advogado, que já teria entrado com ações para verificar como o jovem foi tratado na delegacia e também sobre a ação dos dois GCMs. Ela não quis dar mais detalhes sobre isso.
Segundo o delegado José Ângelo, do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), a polícia aguarda resultados de laudos periciais para constatar de quais armas partiram os tiros que mataram a mulher e os dois rapazes inocentes. "Faltam elementos probatórios para saber quais medidas serão adotadas", disse o delegado.
Ele acrescentou que as imagens corroboraram a inocência do jovem que ocupava o carro com as outras duas vítimas.
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