Uma ação conjunta entre o MP (Ministério Público) e a Polícia Militar estourou 42 bingos clandestinos, nesta terça-feira (22), na capital paulista, Guarulhos (Grande SP) e Santo André (ABC). Sete pessoas foram presas, entre elas um PM da reserva e um subtenente da ativa da corporação. Oito suspeitos estavam foragidos até a conclusão desta edição. 

Segundo o subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais, Mário Sarrubbo, a ação desta terça focou em atingir o patrimônio, a hierarquia e as lideranças da organização criminosa que administra as casas de jogos de azar, que são usadas, segundo ele, para a “lavagem de dinheiro” da quadrilha. “Uma das formas de lesar o patrimônio foi a destruição de máquinas  caça-níqueis e também dos móveis dos 42 locais onde foram cumpridos mandados”, disse. 

Ao todo, acrescentou o procurador, foram apreendidas, periciadas e em seguida destruídas 2.576 máquinas de jogo de azar. A quantidade de móveis destruídos não foi informada. 

Durante a operação, batizada de Trevo da Sorte, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão, durante os quais foram apreendidos cadernos que irão ajudar o MP a identificar mais membros da organização e, futuramente, bloquear bens dos suspeitos. 

O tenente-coronel Émerson Massera disse que a Corregedoria da PM ajudou na investigação sobre um major da reserva e um subtenente, da ativa, que atuavam na quadrilha. O oficial aposentado cuidava do setor de segurança dos bingos e o outro PM dava informações privilegiadas aos comparsas, como sobre a localização de viaturas e dados sobre pessoas.     

 Ao todo, foram cumpridos 101 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão temporária, de cinco dias, e um de prisão preventiva, contra o major. Também foram apreendidos R$ 200.000, US$ 10 mil (R$ 40.000), drogas, armas, munições e bombas.