Chinês é preso suspeito de manter clínica de aborto em São Paulo

Consultório clandestino funcionava em prédio na região central da capital paulista

São Paulo

Um chinês de 35 anos foi preso sob suspeita de manter uma clínica clandestina de aborto no Pari (região central da capital paulista). A prisão, no local, ocorreu por volta de 20h30 desta quinta-feira (28). Ele também foi acusado de exercer ilegalmente a função de médico e de manter medicamentos irregulares.

Segundo o delegado titular do 12º DP (Pari), Araribóia Fuzita Tavares, policiais investigaram a movimentação de pessoas, por cerca de um mês, em um prédio na rua Hannemann. A suspeita, a princípio, era a de que no local fossem comercializadas drogas. "Com base nos indícios que levantamos, tivemos a convicção de que alguma coisa ilícita ocorria no local", afirmou. 

Clínica clandestina funcionava no primeiro piso de um prédio na região do Pari (centro da capital paulista). Um chinês de 35 anos foi preso nesta quinta-feira (28) pela polícia no local - Divulgação/Polícia Civil

Policiais foram até o terceiro andar do prédio, onde flagraram uma casa ilegal de jogos. Alguns estrangeiros jogavam baralho quando os policiais chegaram. Na mesa havia R$ 10,5 mil em apostas. Por conta disso, os suspeitos assinaram um termo circunstanciado de jogo de azar. Não foi informado quantos jogadores estavam no local. 

Policiais também verificaram o segundo andar, onde funcionava um restaurante, e o primeiro piso do prédio, onde encontraram a clínica. "A porta estava fechada com um cadeado por dentro", explicou o delegado. 

No local, investigadores encontraram uma mulher que tomava soro. Ela alegou à polícia que estava gripada e por isso foi até lá para ser medicada por um "médico", que posteriormente a polícia constatou ser um massagista de origem chinesa. O homem alegou não falar português quando foi questionado pelos policiais. 

No local, a polícia encontrou uma cadeira ginecológica e instrumentos que, segundo o delegado, seriam usados para a realização de abortos. Além disso, cerca de 300 medicamentos, também de origem chinesa e de uso proibido no Brasil, foram apreendidos. 

A polícia registrou três boletins de ocorrência, sendo um de jogo de azar, outro por exercício ilegal da medicina e um terceiro referente a clínica de aborto.

Assuntos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.