Sthephanie Cleude Neves da Silva, de 19 anos, foi morta com um tiro na cabeça, por volta das 3h deste domingo (10), dentro de sua casa em Osasco (Grande SP). O principal suspeito é o companheiro dela, um jovem de 21 anos, que teria fugido em seguida e não havia sido preso até a publicação desta reportagem.
Segundo a polícia, uma vizinha de Sthephanie, que não teve a identidade informada, afirmou que a vítima e o companheiro teriam brigado no interior da residência, no bairro Santa Fé, instantes antes do crime, que está sendo apontado pela polícia como feminicídio (quando a vítima é morta por ser mulher).
A testemunha afirmou que o acusado chegou a gritar para que a jovem “não se suicidasse”. Instantes depois, um tiro foi ouvido.
Após ouvir o disparo, a vizinha entrou na residência e amparou Sthephanie no colo, enquanto a Polícia Militar era acionada. Antes que policiais chegassem ao local, o companheiro da vítima fugiu. Sthepahie chegou a ser encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento Vila Menck, mas ela não resistiu ao ferimento.
Apesar de a testemunha ter mencionado um suposto suicídio, o boletim de ocorrência do caso afirma que a vítima não estava com um ferimento na lateral da cabeça, “o que enfraquece a hipótese de suicídio”, diz trecho do documento policial - o local atingido pelo disparo não foi informado.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), foram registrados 27 casos de feminicídio na Grande São Paulo entre janeiro e setembro deste ano. Isso representa 28,4% do total de 95 assassinatos de mulheres no período.
Comparando os 27 feminicídios deste ano com os 23 registrados entre janeiro e setembro do ano passado, também na Grande São Paulo, houve aumento de 17% neste tipo de crime na região.
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