Um épico sessentão

Ben Hur completa 60 anos e ainda é um dos poucos filmes a ganhar 11 Oscar

Cena do filme "Ben Hur", de 1959
Cena do filme "Ben Hur", de 1959 - Divulgação
São Paulo

Cenários grandiosos, elenco estrelar, milhares de figurantes e uma história pessoal que se entrelaça com momentos históricos e bíblicos. É fácil reconhecer “Ben Hur” nesta descrição. O épico, lançado há 60 anos, foi por muitas décadas o longa com mais Oscar da história: são 11 em seu currículo.

O filme conta a história de Ben Hur, interpretado por Charlton Heston, ator com outros épicos na carreira. Ele é um príncipe judeu na Judeia ocupada por Roma. Acusado injustamente, é condenado a escravidão por Messala, seu amigo de infância romano. Depois de anos nas galés, Ben Hur consegue a liberdade, volta para Jerusalém e, ao buscar vingança, disputa com Messala uma corrida de bigas, em uma das sequências mais marcantes do filme. Já a parte bíblica da obra fica por conta do encontro de Ben Hur e sua família com Jesus, na via crucis. 

Para se ter uma ideia da grandiosidade do longa, só a sequência da corrida, com nove minutos, contou com 15 mil figurantes nos estúdios Cinecittà, em Roma. No total, foram usados 300 sets de filmagens, que consumiram 14 meses de trabalho.

O resultado, além do sucesso mundial, foram os 11 Oscars conquistados, marca que só foi alcançada por “Titanic”, em 1998, e “Senhor dos Anéis, o Retorno do Rei”, em 2004. Há que se considerar, no entanto, que ambos levaram estatuetas de categorias mais técnicas, além de, claro, melhor filme e diretor. Já “Ben Hur” faturou os prêmios técnicos, de filme e diretor, mas também o de melhor ator, para Heston, e de melhor ator coadjuvante.

Como disse, Heston fez outros épicos em sua carreira. Três anos antes de “Ben Hur”, interpretou Moisés em “Os Dez Mandamentos”, superprodução dirigida por Cecil B.DeMille com números gigantescos. Cerca de 14 mil extras e 15 mil animais participaram do longa, o épico religioso mais bem-sucedido nas bilheterias até “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, de 2004. O ator foi ainda El Cid, no filme de mesmo nome, sobre um nobre  envolvido na disputa entre a Espanha e os mouros, na Idade Média.

Para não ficar apenas nos épicos com Heston, há “Spartacus”, de 1960, mais uma obra-prima de Stanley Kubrick. Kirk Douglas vive o personagem título, um escravo que lidera uma revolta contra o Império Romano.

Também não podem faltar na lista “Quo Vadis”, de 1951, com uma trama de amor entre um general romano e uma cristã sob o reinado de Nero, e “Sansão e Dalila”, outro filme dirigido por DeMille. E “Cleópatra”, de 1963, longa mais caro da história até então, em que Elizabeth Taylor é rainha egípcia.

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Hanuska Bertoia
Hanuska Bertoia

47 anos, é formada e pós-graduada em jornalismo. Gosta de ver filmes em qualquer plataforma (TV, celular, tablet), mas não dispensa uma sala de cinema tradicional.

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