Academias de praças são malconservadas

Equipamentos de ginásticas para uso livre da população apresentam problemas, como peças quebradas e pichação

Elaine Cranconato
São Paulo

Aparelhos de ginástica quebrados, rangendo ou isolados com arames, malconservados e retirados pela prefeitura para substituição, mas não repostos, foram algumas situações pontuais encontradas nas academias ao ar livre distribuídas por praças públicas, canteiros e áreas verdes de São Paulo.

Na cidade há 1.500 equipamentos voltados especialmente ao público da terceira idade, acima de 60 anos. Mas qualquer cidadão com mais de 12 anos pode utilizar gratuitamente os aparelhos para exercícios corporais.

O Vigilante Agora circulou na última segunda-feira (25) por 12 locais, nas cinco regiões da cidade. O espaço que funcionava no mesmo terreno do Mercado Municipal da Penha (zona leste), na praça Dorival, foi desativado pela prefeitura. Um trator preparava o terreno para abrigar um estacionamento.

Na zona norte, a vasta praça Memória do Jaçanã possui duas áreas com aparelhos, mas o número é insuficiente pela alta demanda: são apenas cinco.

“Das 6h30 às 9h, fica lotado aqui. Vários aparelhos foram retirados para conserto, mas nunca mais voltaram”, diz o promotor de vendas aposentado José Alves dos Santos, 70 anos, que frequenta o local três vezes na semana.

Colega de Santos, o torneiro mecânico aposentado Adelicio Paulineli, 72 anos, teve um problema na coluna dias atrás pelo uso incorreto de um dos equipamentos. “Um educador físico, uma vez por semana, seria ideal para nos orientar nos exercícios”, opina.

Uma das duas placas de instrução foi pichada por vândalos, situação recorrente em outros locais.
No canteiro central da avenida Braz Leme, em Santana (zona norte), há dez aparelhos, um deles sem utilização há meses. “Ninguém vem arrumar, nem fazer revisão”, afirma o aposentado português Amadeu Miguel, 87 anos.

Os aparelhos na área de trilha do parque da Independência, no Ipiranga (zona sul), estão quase todos quebrados, inclusive aqueles que são de uso das pessoas com deficiência. Também faltam bebedouros.

Prefeitura diz fazer revisões

A Secretaria Municipal das Subprefeituras, gestão Bruno Covas (PSDB), diz que, de janeiro a outubro, 1.065 aparelhos foram reformados. Sobre as revisões, diz que são realizadas “periodicamente”. 

A academia da Penha foi retirada “por falta de público”.  A pasta “estuda a substituição” dos aparelhos 
danificados na avenida Braz Leme; no parque da Independência, haverá licitação para instalação de outros, e no Jaçanã alguns foram retirados para revisão. 

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