Novos parques de São Paulo são opções de refúgio

Locais têm como principais atrativos aos visitantes trilhas e área verde

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Abertos ao público em janeiro deste ano, os cinco novos parques espalhados pela capital são opções de refúgio em meio à vegetação nativa da Mata Atlântica.

Os principais atrativos são as trilhas em meio a fauna e a flora. As unidades da zona sul da capital têm outro diferencial: por estarem às margens das represas Billings e Guarapiranga, os locais contam com piers.

 

"A proposta desses novos locais é proporcionar uma conexão com a natureza. Para se ter ideia, a maioria não tem nem sinal de celular", explica Anita Correia de Souza Martins, diretora da divisão de Gestão de Unidades de Conservação da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, gestão Bruno Covas (PSDB).

Uma das diferenças em relação aos parques urbanos é o baixo número de visitantes. Anita diz que essa é uma característica típica das unidades de preservação. Para as trilhas, por exemplo, só é permitida a entrada de 30 pessoas por vez. O motivo é evitar impactos aos animais que vivem por ali. A diretora da pasta afirma que, desde janeiro, 4 mil visitantes foram registrados nos locais.

Moradora do bairro Valo Velho, na zona sul, a estudante Gabriela Lima Santos, 23, foi pela primeira vez ao parque Varginha, no último dia 22. "A vegetação é linda. Tem uns pontos da trilha em que é possível sentir o cheiro das flores. Ela é bem sinalizada e não sentimos nenhum receio de nos perder lá dentro", relata. 

Além desses cinco novos espaços, a secretaria estuda abrir ao público um novo parque na zona sul. A unidade de preservação ambiental Cratera de Colônia fica localizada nas proximidades do bairro Parelheiros.

Para que possa receber visitação, será necessário desapropriar uma área no entorno para que funcione como sede. Segundo Anita, esse trâmite será feito pelo metrô, como compensação pelas obras da linha 5-lilás. Ainda não há prazo para abertura.

Dias alternados

Os cinco parques naturais municipais de São Paulo funcionam em projeto-piloto, cuja abertura ao público teve início no dia 14 de janeiro, pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Antes, a visitação era restrita, tendo de ser agendada e monitorada. Cada um funciona em dias alternados da semana.

Aos sábados, domingos e feriados, todos ficam abertos, exceto o Fazenda do Carmo, que abre apenas às terças-feiras.

Para que esses espaços possam abrir diariamente, sem revezamento, a pasta depende da elaboração de um estudo chamado Plano de Manejo, que fornece mais detalhes técnicos sobre as áreas ambientais.

O documento está sendo feito pela Dersa (empresa de obras viárias do estado), porque os parques têm áreas desapropriadas como compensação ambiental pela construção do Rodoanel. A Dersa diz que o plano do parque Varginha ficará pronto até março. Os demais no fim do semestre.

Vacina

As novas áreas de lazer da capital paulista somam uma área de 1,9 mil hectares. Isso é equivalente a quase 2 mil campos de futebol. O maior dos novos parques, o Itaim (zona sul), tem 477 hectares. O diferencial desse local em relação aos demais é a pista de mountain bike.

A atração tem extensão de aproximadamente dois quilômetros. Esse é o único entre os cinco espaços naturais em que é permitido aos visitantes entrar com bicicletas.

Tanto o Itaim quanto o Varginha são parques que costumam receber um público mais familiar, de acordo com Anita Correia de Souza Martins, diretora da divisão de Gestão de Unidades de Conservação da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, gestão Bruno Covas (PSDB).

Isso porque esses espaços possuem áreas para piquenique e espaços para as crianças brincarem. Em nenhum desses locais existem lanchonetes disponíveis.

No parque Jaceguava, em Parelheiros (zona sul da cidade de São Paulo), o destaque é a junção de dois biomas: na Trilha do Saci, além da Mata Atlântica, é possível observar fragmentos da vegetação do Cerrado.

Anita orienta aos visitantes que não esqueçam de passar repelente e protetor solar antes de ir aos parques. Além disso, ela recomenda que só frequentem esses parques as pessoas que já tomaram a vacina contra febre amarela.

"O ideal também é ir com roupas confortáveis e tênis", complementa a diretora da divisão de Gestão de Unidades de Conservação. Não é permitida a entrada com animais de estimação em nenhum dos parques naturais.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.