O caos tomou conta da Baixada Santista após as fortes chuvas que atingiram o litoral paulista entre fim da noite de segunda-feira (2) e a madrugada desta terça-feira (3).
Pelo menos 27 pessoas de três cidades foram encontradas mortas e outras 22 estavam desaparecidas até a publicação desta reportagem.
O município mais afetado foi o Guarujá (86 km de SP), que teve 22 mortes e 16 estavam desaparecidas, segundo a Defesa Civil do estado e os bombeiros. A cidade recebeu 282 mm de chuva em 24 horas, volume que era esperado para todo o mês de março.
A prefeitura declarou estado de calamidade pública, o que facilita o acesso a verbas emergenciais. Mesma medida foi adotada em São Vicente (65 km de São Paulo), onde houve duas mortes.
Em Santos (72 km da capital paulista), a Defesa Civil municipal diz que foram realizados mais de 120 atendimentos, todos em áreas de morros. A cidade teve três pessoas mortas.
Mais de 100 bombeiros trabalharam nas ações de resgate e o socorro precisou ser interrompido por falta de visibilidade ou por riscos.
O excesso de chuvas provocou dificuldades no acesso ao litoral. As rodovias Anchieta, Cônego Domênico Rangoni e Doutor Manuel Hipólito Rego tiveram pontos de bloqueio.
Serviços públicos, como escolas e unidades de saúde ficaram sem funcionar. O abastecimento de água e o fornecimento de energia elétrica chegaram a ser interrompidos.
O presidente Jair Bolsonaro divulgou nota em redes sociais dizendo que o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) ligou para os três prefeitos.
Prefeituras pedem doações de itens como água potável, alimentos não perecíveis, colchões, roupas de cama, agasalhos e produtos de limpeza e higiene pessoal.
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