A polícia investiga o desvio de 50 mil máscaras descartáveis que deveriam ter sido entregues a um hospital particular na zona leste de São Paulo, no último dia 16.
Um auxiliar de almoxarifado, de 25 anos, e um auxiliar de farmácia, de 32, que trabalham para uma operadora de saúde são apontados pela polícia como os principais suspeitos pelo crime. Nenhum dos dois havia sido preso até a publicação desta reportagem.
Segundo a 1ª Delegacia Seccional do Centro, por causa da pandemia de coronavírus, a carga, que vale cerca de R$ 77 mil, pode ser vendida a R$ 250 mil no mercado paralelo.
O desvio do material foi comunicado à polícia pelo representante da operadora de saúde, após ser notada a falta das máscaras entregues em um hospita da rede, que fica na Bresser (zona leste de SP).
Segundo a polícia, imagens de câmeras de monitoramento mostram os dois suspeitos embarcando em uma Fiat Fiorino, por volta das 17h30 do dia 16, em uma unidade de saúde da operadora de saúde, na região da Lapa (zona oeste de SP).
O veículo estaria carregado com insumos hospitalares, que seriam levados para a unidade da zona leste. Entre os produtos, estavam 20 caixas com 2.500 máscaras cirúrgicas cada.
Câmeras de monitoramento também registraram a dupla chegando ao hospital da zona leste, onde desembarcam todos os produtos, incluindo as caixas de máscaras. Segundo a polícia, as 20 caixas do material não foram colocadas no estoque.
Os dois suspeitos retornaram ao hospital da zona oeste, por volta das 18h11, com a Fiorino vazia, segundo boletim de ocorrência.
Resposta
Em depoimento à polícia, o auxiliar de farmácia afirmou que pediu carona ao auxiliar de almoxarifado e desembarcou antes de chegar ao hospital da zona leste. Uma hora depois, o colega o pegou onde estava e ambos seguiram novamente para o hospital da zona oeste.
O outro suspeito, segundo a polícia, pediu demissão quatro dias após a carga de máscaras desaparecer.
A defesa da dupla não foi localizada pelo Agora até a publicação desta reportagem.
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