A farmácia de alto custo da rua Dr. Altino Arantes, na Vila Mariana (zona sul), tem funcionários sem máscaras e aglomeração de pacientes. Sob a gestão João Doria (PSDB), expõe visitantes ao risco de contaminação pelo novo coronavírus.
Havia dispensadores com álcool em gel, folhas de sulfite intercalando as cadeiras na sala de espera e movimento menor do que no período anterior da pandemia. Mas vários funcionários estavam sem máscaras. Um deles, quando questionado, afirmou brincando que "já tinha álcool no sangue" e que, por isso, não precisava se preocupar.
O chef de cozinha Júlio Terracuso, 31 anos, buscou latas de leite para a filha, de dez meses. Pegaria 10 unidades, mas recebeu 28, para três meses. "Foi bom, porque não vou precisar vir novamente no mês que vem. Mas fiquei pouco mais de uma hora esperando", disse.
"O ideal seria mandar para casa. Evitaria fila e aglomeração", afirmou a micropigmentadora Josiane Melo, 31, que deixou o Jaçanã (zona norte) atrás de um remédio para o intestino.
A Secretaria Estadual da Saúde disse que, nesta quinta-feira (30), até as 15h, foram atendidos 980 pacientes, sendo 377 pelo aplicativo "Remédio Agora", que permite retirada em hora marcada. O tempo de espera no atendimento convencional foi de 40 minutos e funcionários e usuários são orientados a usar máscaras.
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