Marcação de consultas na rede pública volta nesta segunda na capital paulista

Agendamentos foram suspensos em março na cidade por causa da pandemia do novo coronavírus

São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), publicou neste sábado (30) um decreto que autoriza a retomada dos agendamentos para consultas médicas na rede pública de saúde do município a partir desta segunda-feira (1º de junho), em hospitais-dia, ambulatórios de especialidades e AMAs.

As cirurgias eletivas de maior complexidade —realizadas em centros cirúrgicos— continuam suspensas.

Ambulatório de especialidades no Tucuruvi, na zona norte da cidade de São Paulo; agendamentos de consultas foram suspensos em 20 de março por causa da pandemia do novo coronavírus - Rubens Cavallari - 18.dez.19/Folhapress

As consultas, exames, procedimentos e cirurgias de rotina na rede municipal de saúde estavam suspensas na capital desde o dia 20 de março em razão da pandemia de Covid-19. Apenas alguns tipos de atendimentos - incluindo os de urgência e emergência - estavam mantidos desde então.

" Estamos hoje com o sistema bastante controlado e em condições de voltar à vida normal no atendimento à população. Isso passa a ser feito a partir da próxima semana", disse o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, em entrevista coletiva realizada na manhã de deste sábado.

De acordo com o novo decreto, a partir desta segunda estão abertas todas as agendas para as seguintes especialidades médicas:

  • Endocrinologia
  • Cardiologia
  • Psiquiatria
  • Hematologia
  • Nefrologia
  • Neurologia
  • Geriatria
  • Pré-Natal de Alto Risco
  • Pneumologia
  • Infectologista
  • Mastologista
  • Dermatologia
  • Gastroenterologia
  • Hematologia
  • Homeopatia
  • Oftalmologia
  • Otorrinolaringologia
  • Reumatologia
  • Ortopedia.

Para evitar que os pacientes sejam contaminados pelo novo coronavírus, o decreto estabelece algumas regras, como limitar o número de atendimentos. E o acesso do paciente aos consultórios médicos deverá se dar, exclusivamente, no horário agendado.

O texto também determina que seja providenciado distanciamento mínimo de um metro entre as pessoas.

A prioridade na remarcação de consultas será para os casos de retorno.

"As consultas de primeira vez devem ser disponibilizadas de acordo com a avaliação do gestor local, considerando a suspensão das cirurgias eletivas em centro cirúrgico no momento de pandemia", diz o decreto.

Pequenas cirurgias ambulatoriais com anestesia local poderão ser feitas nas salas de procedimentos dos equipamentos.

Enquanto durar a pandemia, os pacientes poderão comparecer às unidades de saúde apenas com o pedido médico "visando a não exposição desnecessária".

"A obrigatoriedade da retirada do comprovante de agendamento na unidade solicitante fica suspensa durante esse período", afirma o decreto.

Também foi autorizada a retomada na marcação de exames como ultrassonografia, ecocardiograma, mamografia, densitometria óssea, eletrocardiograma e eletroencefalograma. A orientação é para que os exames sejam marcados com 40 minutos de intervalo ou conforme indicação do gestor local.

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