Máscaras já

Todos se lembram das cenas patéticas em 18 de março. Numa das primeiras entrevistas sobre a doença Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro e vários de seus ministros mexiam sem parar em máscaras brancas, contrariando recomendações técnicas sobre o uso do equipamento de proteção individual.


Naquela altura, autoridades sanitárias internacionais e do Brasil ainda insistiam no erro de contraindicar o uso da proteção individual por todos, recomendando-o só para doentes sintomáticos e profissionais de saúde.


Não é à toa que o Brasil aparece no topo da lista dos países em que a taxa de infecção é mais alta. Além do mau exemplo presidencial e do desincentivo ao dispositivo facial, estamos mal também na disseminação de testes.


Desde então, só o ministro Paulo Guedes (Economia) tem se apresentado de modo consistente portando o dispositivo, em obediência à razão que terminou por se impor: máscaras devem ser utilizadas por todos em público.


Além de oferecerem alguma proteção, imperfeita que seja, a quem a utiliza, elas evitam que infectados com CoV-2, mas sem sintomas, transmitam o vírus sem se dar conta. Por esse motivo governantes no mundo todo passaram a recomendar seu emprego.


A partir de segunda (4), máscaras se tornam obrigatórias em meios de transporte público na capital paulista e em todo o estado. Essa regra ainda precisa ser generalizada. Empresários se engajaram no esforço para distribuir os artefatos para toda a população.


A relação custo-benefício da medida é favorável, pois o acessório é barato e fácil de fabricar, até em casa. Está na hora de todos se protegerem mais.

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