Casos de Covid-19 entre motoristas e cobradores sobem 18,3% na capital paulista

Segundo sindicato da categoria, 155 trabalhadores tiveram diagnóstico positivo da doença na cidade de São Paulo

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São Paulo

O número de casos confirmados de Covid-19 entre motoristas e cobradores de ônibus urbanos na capital teve um aumento de 18,3% entre maio e junho. Segundo o sindicato da categoria, 155 profissionais da área em São Paulo tiveram a doença. No mês passado, eram 131 diagnósticos positivos.

O sindicato afirma que já foram registradas 40 mortes de motoristas e cobradores na cidade relacionadas ao novo coronavírus, sendo nove com diagnóstico confirmado e 31 suspeitas. Em maio, eram 35 óbitos, ao todo. A categoria possui cerca de 60 mil trabalhadores em São Paulo.

Após reivindicações do sindicato, as empresas de ônibus passaram a oferecer itens de proteção aos funcionários, como máscaras e álcool em gel. No entanto, o presidente da entidade, Valdevan Noventa, também cobra das companhias a instalação de uma barreira de acrílico que separe os motoristas e cobradores dos passageiros.

"Continuamos insistindo nesse tema, principalmente após a flexibilização do isolamento que, aumentou o uso dos veículos", diz Noventa. Nesta semana, os ônibus na cidade continuam lotados, mesmo após o prefeito Bruno Covas (PSDB) ter cobrado do ex-secretário municipal de Transportes, Edson Caram, para que diminuísse o número de passageiros por veículo. Dias depois, Caram se demitiu do cargo.

Já o Sindicato dos Metroviários de São Paulo afirma que 122 funcionários do metrô já foram contaminados pelo novo coronavírus. Outros 74 estão com suspeita da doença. A entidade afirma que, desde o início da pandemia, 278 trabalhadores já foram afastados. Nenhuma morte por Covid-19 foi registrada na categoria.

Resposta

Em nota, a SPTrans afirma que tem adotado medidas para evitar que funcionários e passageiros do transporte público municipal em São Paulo sejam contaminados pelo novo coronavírus. Entre as ações estão a obrigatoriedade do uso de máscaras em ônibus e terminais, sinalização nas plataformas com para indicar o distanciamento mínimo de um metro entre as pessoas e autorização para que as empresas coloquem nos veículos uma cortina para proteger os condutores.

"A higienização de veículos foi reforçada nas garagens e passou a ser feita, também, nos terminais, em pontos de maior contato dos usuários, como balaústres, corrimãos e assentos, no intervalo entre as viagens", diz a SPTrans.

A nota também afirma que foi feita recomendação para que as empresas realizem viagens sem exceder a capacidade máxima de passageiros sentados, o que não vem sendo cumprido.

Procurado, o Metrô não se respondeu até a publicação desta reportagem.

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