Ambulantes oficiais de São Paulo podem voltar a trabalhar nesta segunda-feira (20)

O atendimento ao público deve ser de seis horas diárias, das 10h às 16h

São Paulo

Vendedores ambulantes que têm permissão de trabalho para atuar nos espaços públicos da capital poderão retornar às atividades a partir desta segunda-feira (20).

O retorno faz parte do plano de flexibilização da capital em decorrência da pandemia do novo coronavírus. A autorização para a retomada dessa atividade consta desde sábado (18) no Diário Oficial da cidade, sob gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB).

O atendimento ao público deve ser de seis horas diárias, seguindo a mesma regulamentação do comércio formal, que é das 10h às 16h, da fase 3 (amarela) do Plano São Paulo de reabertura. As feiras-livres para comercialização de itens de consumo não essenciais continuam proibidas.

Entre as regras para o retorno do comércio ambulante e de artesanato estabelecidas pelo documento estão: não permitir aglomerações nos arredores das bancas, disponibilizar álcool em gel 70%, distanciamento social mínimo de 1,5 metro tanto na área de serviço das bancas, como no local onde se posicionam os clientes, e higienizar os displays ou estoques expostos diversas vezes por dia.

Vendedores ambulantes no entorno do Ibirapuera
Vendedores ambulantes no entorno do Ibirapuera - Ronny Santos/ Folhapress

Outras determinações impostas pelo protocolo são cobrir as máquinas e dispositivos de pagamento com plástico, reforçar a desinfecção e a limpeza das bancas e toldos e expor somente o que for estritamente necessário.

Há três anos Alcides Benvindo Oliveira da Franca, 54 anos, que é vice-presidente do Sindicato dos Permissionários de SP, tem um trailer que vende pastel, coxinha, caldo-de-cana e refrigerante na rua Cavalheiro Basílio Jafet (centro).

Ele conta que está preparado para receber os clientes nesta segunda. “Já esterilizamos todo trailer e ligamos para os fornecedores levarem produtos. Vamos para luta”, contou o comerciante, que ficou quatro meses sem poder trabalhar por conta da quarentena.

De acordo com o sindicato da categoria, cerca de 2.000 ambulantes legalizados ficaram sem fonte de renda na capital após o início da quarentena no estado. Para Alcides, a reabertura será feita com os "pés no chão". “Vamos sentir o comércio primeiro. Dependendo do movimento, a gente pega empréstimo para investir ou não”, afirmou.

Quem também comemora o fato de poder encontrar as famosas comidas de rua na capital é o analista de sistemas Rodrigo Diniz, 35, que tinha o hábito de almoçar todos os dias em um food-truck na região central antes do início da quarentena, em 24 de março. “Na correria do dia a dia, a comida de rua facilita e muito a vida dos trabalhadores”, afirmou o rapaz.

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