André Felype Iglesias Gonçalves, 24 anos, morreu no final da tarde desta segunda-feira (27) em um acidente entre duas motos aquáticas, em um clube de São Bernardo do Campo (ABC). Uma mulher de 26 anos foi presa sob suspeita de ter causado o acidente. Ela foi indiciada por lesão corporal e homicídio culposo (sem intenção de matar), pois não era habilitada para guiar este tipo de veículo.
Imagens feitas por celular mostram a moto aquática da vítima seguindo à frente da pilotada pela mulher. Uma pessoa que os observa grita “olha gente, eles ‘tão’ no pega-pega”. Em seguida, o veículo guiado pelo rapaz, ocupado também por um vendedor de 34 anos, reduz de velocidade e para. A moto aquática da mulher, porém, continua em alta velocidade e atinge os dois homens logo em seguida, atropelando-os e fazendo-os cair na água.
Uma mulher estava na garupa a moto aquática guiada pela suspeita. Ambas não se feriram.
Segundo os bombeiros, o rapaz de 24 anos morreu no local do acidente, ocorrido em um clube da rua Avai. O vendedor que estava com ele na moto aquática fraturou a perna e, inconsciente, foi encaminhado ao Pronto-Socorro Central de São Bernardo, onde permanecia internado até a publicação desta reportagem. O estado de saúde dele não foi informado.
A condutora da moto aquática foi presa em flagrante. Segundo a polícia, ela guiava o veículo de um rapaz de 23 anos, que também prestou depoimento sobre o acidente.
Em depoimento, a suspeita afirmou ter tentado desviar a moto aquática que guiava da outra conduzida por Gonçalves, “mas não conseguiu evitar” a colisão. Ela pagou uma fiança de R$ 52.520 e vai responder ao caso em liberdade.
Pelo fato de o acidente ter ocorrido durante navegação, a Capitania dos Portos foi acionada e prosseguirá com as investigações iniciadas pela Polícia Civil.
O caso foi registrado pelo 3º DP de São Bernardo do Campo como homicídio culposo, lesão corporal culposa e localização/apreensão de objeto.
"É igual carro, precisa ter responsabilidade'", afirma bombeiro
O capitão Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, destacou a necessidade de se ter habilitação para guiar moto aquática, como qualquer outro veículo. "Não dá para comprar uma moto aquática e já sair pilotando, sem conhecimento. É igual um carro, precisa ter muita responsabilidade."
Sobre o caso de São Bernardo, o bombeiro afirmou "ter ficado clara a falta de responsabilidade" dos condutores das motos aquáticas, como em manter distância mínima de 200 metros de banhistas.
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