Duas pessoas morrem afogadas em represas da Grande SP

Casos ocorreram em Santa Isabel e em São Bernardo do Campo; no feriado prolongado do fim de semana passado, 18 morreram no estado

São Paulo

Duas pessoas morreram por afogamento em represas da Grande São Paulo neste domingo (13), segundo o Corpo de Bombeiros.

No fim de semana passado, feriado prolongado de 7 de Setembro, 18 pessoas morreram por afogamento em praias do litoral paulista ou em represas da Grande SP e do interior do estado.

Acesso restrito na prainha da represa do Riacho Grande, em São Bernardo do Campo para evitar aglomeração por causa do novo coronavírus; prefeitura diz que afogamento foi distante deste trecho - Bruno Santos/ Folhapress

Um dos casos deste domingo foi em Santa Isabel (66 km de SP). A vítima não teve nome informado.

A outra morte foi de um homem em São Bernardo do Campo (ABC), que também não havia sido identificado até a conclusão desta reportagem. Ele se afogou no meio da tarde na represa Riacho Grande.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de São Bernardo do Campo afirmou que a vítima foi levada pelos bombeiros para o Hospital Pronto Socorro Central já sem vida.

"O homem estava em parada cardiorrespiratória quando encontrado, com o corpo submerso por aproximadamente 30 minutos. Foi constatado o óbito e o serviço de assistência social foi acionado para que a vítima seja identificada", disse a nota.

A gestão Orlando Morando (PSDB) disse que a prainha do Riacho Grande, lugar com grande frequência de pessoas em fins de semana de calor, está fechada desde o começo da pandemia do novo coronavírus, para evitar aglomeração, mas que no dia 4 deste mês resolveu iniciar uma operação para reforçar a segurança e impedir aglomerações de banhistas no local.

Cavaletes foram instalados e a fiscalização na região foi aumentada, segundo a prefeitura. O afogamento, entretanto, segundo a administração são-bernardense, ocorreu em um ponto fora do perímetro da operação. Ainda de acordo com a administração, o único acesso permitido na região é para os comércios e restaurantes flutuantes.

"A ocorrência foi fora do perímetro da operação realizada pela Guarda Civil Municipal, que interditou e está fiscalizando todos os acessos à prainha do Riacho Grande para impedir a utilização da área por banhistas", disse a nota da prefeitura.

Alerta

O risco de afogamentos aumenta no calor e tem deixado bombeiros em alerta. A cidade de São Paulo registrou nste sábado (12) a tarde mais quente do ano, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas). A média de temperatura máxima foi de 34,1º C às 16h. O recorde de calor anterior era de 33,7ºC no dia 27 de janeiro. Na região de Itaquera (zona leste) os termômetros registraram um número ainda maior: 36ºC.

A tarde deste domingo também foi quente, conforme o CGE, gestão Bruno Covas (PSDB) . De acordo com as estações meteorológicas automáticas do município, diz o órgão, os termômetros apontaram 34°C na Lapa (zona oeste).

A SSP (Secretaria da Segurança Pública), da gestão João Doria (PSDB), diz que manterá um efetivo de 600 salva-vidas em 15 cidades do litoral paulista e nas represas Billings e Guarapiranga, na Grande SP durante os fins de semana e feriados.

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