Aparecida tem missa vazia e minuto de silêncio

Missa contou com 1.000 devotos devido à pandemia; normalmente, lotação é de 35 mil

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Aparecida

Bem diferente dos anos anteriores, o Santuário Nacional Aparecida estava esvaziado na manhã desta segunda-feira (12), dia da celebração da Padroeira do Brasil, na cidade a 170 km de São Paulo. Padres e todos os convidados usavam máscaras e mantinham distanciamento social.

A primeira missa, às 9h, contou com a presença 1.000 devotos, entre funcionários, colaboradores e representantes da Arquidiocese de Aparecida, composta por cinco cidades: Aparecida, Guaratinguetá, Potim, Roseira e Lagoinha. Normalmente, a lotação é de 35 mil na missa.

A entrada de visitantes não era permitida para evitar aglomerações. A missa, transmitida pela TV Aparecida, acabou com uma chuva de papéis e a plateia entoando "viva a Padroeira do Brasil".

O prefeito Bruno Covas (PSDB) marcou presença junto ao candidado a vice na chapa com ele, Ricardo Nunes, na disputa pela reeleição à Prefeitura de São Paulo. Covas rezou e chegou a proclamar a palavra de Deus durante o evento.


A cerimônia começou com a entrada de uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, vestida com a coroa e manto azul.

Em seguida, foi feita uma homenagem às Bodas de Caná, em referência ao primeiro milagre de Jesus Cristo.

Um minuto de silêncio também foi feito em homenagem aos 150 mil mortos pela Covid-19.


Enquanto isso, do lado de fora, fiéis pagavam suas promessas na sala das velas. A fisioterapeuta Andrea Rodrigues, 39 anos, foi até Aparecida nesta segunda-feira para agradecer, segundo ela, a duas graças alcançadas. "Minha mãe foi diagnosticada com câncer cerebral e há um ano os médicos disseram que ela tinha dias de vida e que não sairia do hospital. Prometi que se ela saísse de lá, viria hoje aqui, no dia da Santa, acender uma vela. Ela me atendeu e aqui estou para cumprir o prometido."
Auxiliado pela mãe, garoto segura grande vela, que é acesa no santuário
Fisioterapeuta Andrea Rodrigues foi ao santuário com marido e filho para agradecer - Tatiana Cavalcanti/Folhapress

O marido dela, o mecânico de manutenção Luís de Paula, fez a mesma promessa há dois anos, quando o filho do casal, Filipi de Paula, 5 anos, foi operado após ser diagnosticado com câncer de bexiga. "Estamos aqui para ele mesmo acender a vela", diz o pai.

NA ESTRADA

Mas antes mesmo a uns 20 km da entrada do santuário, na rodovia Dutra, já era possível ver romeiros a pé ou de bicicleta seguindo para o Santuário.

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