Roubos espetaculares a bancos, a cassinos, de joias raras ou de obras de arte fascinam as plateias desde os primórdios do cinema. Um dos primeiros filmes norte-americanos é “O Grande Roubo do Trem”, de 1903, com 12 minutos, também pioneiro do faroeste. Desde então, inúmeras obras, de muitos países, inclusive o Brasil, já mostraram assaltos ficcionais ou não nas telas do cinema.
Um dos mais recentes é “O Roubo do Século”, longa argentino atualmente em cartaz nos cinemas. Ele narra a história do assalto ao banco Rio, em Buenos Aires, em 2005, que ficou conhecido no país como o ‘roubo do século’. A certa altura do filme, um dos personagens afirma que a ação planejada será ‘limpa’: ninguém sairá ferido e os correntistas serão ressarcidos pelo banco. Assim, avalia ele, o público não os condenará. E conclui com a frase de Brecht: “O que é roubar um banco perto de fundar um banco?”.
Talvez isso explique o sucesso que os filmes de roubos fazem ainda hoje. Não que sejamos criminosos em potencial. Apenas gostamos de ver em detalhes como os planos são tramados e executados. Os preços e a disponibilidade dos filmes sugeridos foram pesquisados no dia 29 de outubro.
ONZE HOMENS E UM SEGREDO
Frank Sinatra ou George Clooney como Danny Ocean? O espectador pode ficar com os dois, um na versão original de “Onze Homens e Um Segredo”, de 1960, e outro na refilmagem de 2001. No primeiro filme, Sinatra e seus amigos do Rat Pack, entre eles Sammy Davis Jr., Dean Martin e Peter Lawford, têm um plano que parece perfeito: assaltar cinco cassinos em Las Vegas em uma noite de Ano Novo. A estrutura dos longas é parecida: primeiro, a escolha da equipe, depois, a exposição do plano e, ao final, sua execução. Aos olhos de 2020, o de 1960 não envelheceu bem. Quem assistiu à refilmagem vai estranhar o ritmo mais lento e a ação mais simples da versão antiga. E duas sequências não teriam vez no cinema atual: a em que os ladrões fazem uma piada sobre escravizar mulheres e a cena em que eles usam ‘blackface’ (prática em que atores pintam os rostos para escurecer a pele, considerada ofensiva, ao transmitir estereótipos negativos sobre os negros). A versão de 2001 modernizou a trama e trouxe a tecnologia para o centro do roteiro e o charme de Clooney à frente de um elenco que inclui Brad Pitt, Julia Roberts e Matt Damon. O filme fez tanto sucesso que rendeu duas continuações, “Doze Homens e Outro Segredo” e “Treze Homens e Um Novo Segredo”, e uma versão feminina, “Oito Mulheres e Um Segredo”, do ano passado, com Sandra Bulock como irmã de Danny Ocean.
ONDE VER
ONZE HOMENS E UM SEGREDO (1960)
iTunes: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra)
ONZE HOMENS E UM SEGREDO (2001)
iTunes: R$ 19,90 (compra)
Google Play: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra)
Microsoft Store: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra)
NOW: grátis para assinantes
Vivo Play: R$ 6,90 (aluguel)
O PLANO PERFEITO (2006)
Este é um filme do cineasta Spike Lee e, sendo assim, a trama não se resume a um roubo a banco. Também tem pitadas de política, abordando o racismo e a corrupção. No longa, um grupo de assaltantes disfarçados de pintores invade um banco no coração financeiro de Nova York, mantendo vários reféns. Policiais são chamados para negociar a rendição dos ladrões, mas eles se misturam às vítimas, o que dificulta o trabalho dos investigadores. Lee reúne um elenco de peso: Denzel Washington, seu colaborador contumaz, Jodie Foster, Willem Dafoe e Clive Owen. O roteiro engenhoso, que monta o quebra-cabeça da ação em flashbacks, mostra que nem sempre o bem mais desejado por ladrões é o dinheiro.
ONDE VER
iTunes: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra)
Looke: R$ 58,99 (compra)
Telecine Play: grátis para assinantes
Prime Video: grátis para assinantes
NOW: para assinantes do canal Paramount+
ASSALTO AO BANCO CENTRAL (2011)
O longa brasileiro, dirigido por Marcos Paulo, baseia-se no roubo à sede do Banco Central em Fortaleza, em 2005, considerado o maior da história recente do país. Na ocasião, ladrões levaram R$ 164,8 milhões do caixa-forte do banco por um túnel de 80 metros que tinha sistemas de ventilação e luz elétrica. No filme, Barão (Milhem Cortaz) lidera o grupo de assaltantes que incluiu ‘o engenheiro’ Doutor, interpretado por Tonico Ferreira, e Tatu (Gero Camilo), o chefe dos ‘escavadores’. Do outro lado estão os investigadores da PF, comandados por delegados interpretados por Giulia Gam e Lima Duarte. Os quatro atores são os responsáveis pelas melhores cenas do longa.
ONDE VER
iTunes: R$ 9,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra)
Google Play: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
Microsoft Store: R$ 3,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra)
Prime Video: grátis para assinantes
CROWN, O MAGNÍFICO (1968)
Muitos são os ladrões charmosos do cinema. Steve McQueen faz parte desta lista na pele de Thomas Crown, um milionário entediado que decide roubar um banco e fugir para o Rio de Janeiro. Cérebro do crime, ele contrata ladrões para levar US$ 2,6 milhões de uma agência em Boston. Depois, deposita a fortuna em uma conta na Suíça e se livra dos criminosos. Mas no meio do caminho de Crown aparece Vicki (Faye Dunaway), a investigadora da seguradora encarregada de descobrir o paradeiro do dinheiro. No longa, o diretor Norman Jewison usa a técnica de split, quando a tela é dividida para mostrar vários pontos da ação, utilizada também por Brian de Palma.
ONDE VER
iTunes: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
O ASSALTO AO TREM PAGADOR (1962)
O diretor Roberto Frias baseou-se em um assalto ocorrido em 1960, a um trem de pagamentos na antiga estrada de ferro Central do Brasil, no Rio, para criar este clássico. Mas o roubo toma apenas a sequência inicial do filme. Farias está mais preocupado em mostrar o que acontece após a ação, quando a grana é dividida pelos ladrões. Eles combinam de gastar pouco, para não levantar suspeitas, mas nem todos cumprem o trato. O longa traz ainda crítica social e expõe o racismo, em cena em que um dos ladrões, interpretado por Reginaldo Faria, diz poder gastar o dinheiro à vontade, pois com seus olhos azuis e cabelo loiro, não chamaria a atenção.
ONDE VER
NOW: R$ 6,90 (aluguel)
Vivo Play: R$ 6,90 (aluguel)
COMO ROUBAR UM MILHÃO DE DÓLARES (1966)
O diretor William Wyler se uniu à atriz Audrey Hepburn, com quem havia trabalhado em “A Princesa e o Plebeu” e “Infâmia”, nesta comédia. Audrey é Nicole, filha de Charles Bonnet, um falsificador de quadros de mestres da pintura. As falsificações são tradição na família. O avô de Nicole reproduziu uma escultura famosa, que se verdadeira seria avaliada em U$S 1 milhão. Os problemas começam quando Bonnet cede a obra a uma exposição. Ao saber que a escultura será analisada, Nicole contrata um ladrão (Peter O’Toole) para roubar a falsificação e, assim, livrar o pai da prisão. Quem gosta de moda tem uma razão a mais para ver essa comédia: os figurinos de Audrey são assinados pelo estilista Hubert Givenchy, com quem a atriz manteve uma parceria de 40 anos.
ONDE VER
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Old Flix: grátis para assinantes
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