Imagens feitas com celular mostram um homem ferido e algemado, no mezanino da estação Ana Rosa, da linha 1-azul do metrô, por volta das 17h desta sexta-feira (16), na zona sul da capital paulista.
Segundo uma testemunha, o homem, teria sido abordado por seguranças por estar sem máscara -- desrespeitando protocolos sanitários e decreto estadual. O item, de acordo com o registro, estava no queixo dele.
Nas imagens ele, imobilizado, reclama da abordagem dos seguranças. “Que que eu fiz de errado? Só porque não coloquei uma máscara?”. O uso do item de proteção, no transporte público de São Paulo, é obrigatório desde 4 de maio, por causa da pandemia da Covid-19.
O homem, ainda segundo a testemunha, teria sido agredido pelos agentes e, após ser algemado, teve um dos braços torcidos pelos seguranças que o abordaram. A situação gerou aglomeração de passageiros, que começaram a defender o rapaz e a exigir sua soltura.
Um segurança, ainda de acordo com o registro feito com celular, pede para que as pessoas deixem o local. Ele é vaiado pelos passageiros, que afirmam aos gritos que o homem abordado “não é bandido”.
Em seguida, ainda de acordo com as imagens, o agente fala com uma mulher, que afirma ter presenciado a abordagem. Ela diz que o homem foi agredido por estar sem máscara e, durante a interpelação, ele alegou faltar ar.
Após isso, o agente diz que os seguranças do Metrô “tem poder de polícia” e que, por isso, levaria o homem à delegacia, para esclarecer a situação.
Resposta
O Metrô afirmou que o homem foi abordado por agentes da estação Ana Rosa, da linha 1-azul, que teriam o orientado "repetidas vezes" para usar máscara. O passageiro estava no mezanino da estação. "O uso de máscara no sistema metroviário de São Paulo é obrigatório", diz trecho de nota.
Ainda de acordo com o Metrô, o passageiro foi levado à delegacia, "que vai apurar os fatos". O distrito policial para onde o caso foi encaminhado, porém, não foi informado -- da mesma forma sobre eventuais medidas a serem tomadas com os seguranças que supostamente agrediram o homem.
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