O carro usado na fuga pelo principal suspeito de matar mãe e filha, durante uma festa de aniversário, segunda-feira (12), em Guaianases (zona leste da capital paulista), foi encontrado, coberto por uma lona, na garagem de um microempresário, 35 anos, na região de Itaquera, também na zona leste, no início da tarde desta terça-feira (13).
A jovem Nathalia Saldanha de Souza foi morta a facadas, por volta das 20h30 de segunda na sua casa, em Guaianases, onde comemorava seu aniversário de 18 anos com a família. A mãe dela, Priscila Saldanha, 38, também morreu. O padrasto de Nathalia também foi ferido e permanece internado.
O principal suspeito do crime é o ex-companheiro da aniversariante, um técnico de telecomunicações de 29 anos, que não havia sido preso até a publicação desta reportagem. A motivação para o crime seria o fato de o suspeito não aceitar o fim do relacionamento com a vítima, segundo a polícia.
Após ferir mãe e filha, o técnico teria fugido em seu carro, um Fiat Palio cinza, modelo 1998. Este foi o veículo encontrado na casa do microempresário. A reportagem tentou entrar em contato com ele, porém sem sucesso.
Dentro do carro, ainda segundo a polícia, foi encontrado um pedaço de madeira, também apreendido. O objeto teria sido usado pelo suspeito para ferir a ex-sogra, de acordo com boletim de ocorrência. Uma faca, usada para matar as duas mulheres, não havia sido encontrada até a publicação desta reportagem.
O suspeito foi à casa das vítimas, na manhã do crime, para buscar a filha, de 2 anos, com quem passou o Dia da Criança. De noite, sem a menina, ele retornou à residência, quando ocorreu o crime.
A menina foi posteriormente apresentada à Polícia Civil pela avó materna, uma aposentada de 63 anos, que está temporariamente cuidando da criança. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso.
Uma mulher assassinada por dia em SP
Entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 257 homicídios de mulheres no estado de São Paulo, um caso por dia, considerando o período. Deste total, 109 foram de feminicidios, representando 42% dos casos. Os dados são da SSP.
Já no ano passado, foram 268 assassinatos de mulheres, dos quais 103 foram feminicídio, neste último caso sendo seis ocorrências a menos que no mesmo período deste ano. Uma alta de quase 6%, durante a pandemia da Covid-19.
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