A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo entregou, na manhã desta quinta-feira (29), a sexta usina de oxigênio da capital paulista, que irá abastecer o Hospital Dia Tito Lopes, na região de São Miguel Paulista (zona leste). Segundo o primeiro cronograma divulgado pela gestão Bruno Covas (PSDB), no fim de março, 19 equipamentos do tipo deveriam ser instalados em unidades de saúde da cidade até esta sexta-feira (30).
De acordo com o secretário Municipal da Saúde, Edson Aparecido, houve atraso por parte de fornecedor. "Mas agora está se regularizando”, afirmou ele, acrescentando que, até a próxima semana, serão instalados novos equipamentos na zona sul, em Cidade Ademar, M’Boi Mirim e Campo Limpo.
Conforme o secretário, a expectativa é que até o fim de maio as 19 usinas estejam em funcionamento em unidades de saúde do município. O investimento é de R$ 9,5 milhões.
Pesando cerca de três toneladas, a usina entregue nesta quinta começa a operar a partir da conclusão de sua instalação, que dura cerca de três dias.
Aparecido disse que as usinas captam ar ambiente, dividindo-o em nitrogênio e oxigênio, usado posteriormente em pacientes.
“As usinas nos dão uma autonomia importante, além de serem equipamentos definitivos. É uma forma de a cidade se precaver para um recrudescimento da doença, uma eventual terceira onda”, disse Aparecido. As 19 usinas, reiterou o secretário, serão capazes de produzir, cada uma, 9.000 metros cúbicos de oxigênio diários. A economia mensal será de aproximadamente R$ 250 mil, disse.
Já estão em funcionamento na cidade, segundo a prefeitura, as usinas do Hospital Central Sorocabana (zona oeste), Hospital Dia M' Boi Mirim 2, Hospital Municipal Capela do Socorro e a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do Jabaquara, estes três últimos na zona sul.
Na terça-feira (27) o governo municipal já havia entregado a quinta usina de oxigênio ao Hospital Dia Flávio Gianotti, no Ipiranga (zona sul). A expectativa é a de que o equipamento comece a ser usado nesta sexta.
Na semana passada, o Agora mostrou que empresas que produzem oxigênio medicinal emitiram alertas para autoridades de saúde sobre os riscos de transformar unidades de pronto atendimento, como UPAs, em unidades de internação para pacientes de Covid-19.
O risco, segundo elas, é o de que situações como ocorridas no mês passado em unidades de pronto atendimento da capital paulista voltem a ocorrer. No dia 19 de março, por exemplo, dez pacientes da UPA Ermelino Matarazzo (zona leste), tiveram de ser transferidos às pressas por ameaça de falta de oxigênio.
Sobre isso, o secretário da Saúde Edson Aparecido afirmou ao Agora “não se preocupar”. “As UPAs foram fundamentais durante a alta de casos de Covid-19. Chegamos a ter 109 leitos de UTI [Unidades de Terapia Intensiva] em UPAs, que contam com estrutura de leito de hospital. O que fizemos foi ampliar o que já tínhamos por causa da demanda”, afirmou.
A ocupação atual de leitos de UTI em UPAs na cidade, ainda de acordo com Aparecido, é de aproximadamente 60.
Segundo boletim da prefeitura, houve queda de 10,7% no número de pacientes atendidos com problemas respiratórios na cidade, entre terça e quarta-feira (28), quando foram registrados, respectivamente, 570 e 509 atendimentos na rede municipal de saúde.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.