O corpo de Gael, 3 anos, morto na segunda-feira (10) no apartamento em que morava com familiares, no centro da capital paulista, foi sepultado na manhã desta quinta-feira (13) na Paraíba, estado de origem de seu pai.
A mãe do garoto, Andréia Freitas de Oliveira, 37 anos, está presa sob a suspeita de assassinar o menino. A defesa dela alega que a mulher teve um "surto psicótico" e nega o crime.
Pelo fato de o caso de Gael ser de grande repercussão, o MP-PB (Ministério Público da Paraíba) recomendou que o velório do garoto fosse realizado na casa de familiares para, com isso, evitar eventuais aglomerações. "A medida é vista como fundamental para não aumentar impactos sociais e econômicos ocasionados pela pandemia", afirma a Promotoria.
Tanto a prefeitura de Prata, distante 256 km da capital João Pessoa, como a PM foram notificadas pelo MP para garantir o cumprimento da decisão.
"Ressalte-se que a presente recomendação pode servir como ofício, diante da urgência que o caso exige", afirma trecho do documento, assinado pelo promotor Bruno Leonardo Lins.
Gael morreu após ser encontrado inconsciente nesta segunda-feira, no apartamento em que morava com a mãe. A criança chegou a ser levada a um hospital, mas já chegou sem vida. Andreia foi indiciada sob suspeita de homicídio, segundo a polícia.
De acordo com o registrado pela 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, Gael foi levado já sem vida ao pronto-socorro da Santa Casa. Socorristas tentaram reanimar o menino, desde o apartamento até a unidade de saúde, por mais de meia hora. O corpo da criança apresentava marcas de agressões, segundo a polícia. Um anel da mãe foi apreendido.
Fotos e vídeos feitos pelo IML (Instituto Médico Legal), encaminhados à polícia, indicam marcas de agressão na região da testa do menino, compatíveis com o formato do anel apreendido.
Após a criança ser levada ao hospital, a mãe do menino se trancou no banheiro do apartamento, onde teria ingerido produtos de limpeza, conforme registrado pela Polícia Civil. Por isso, antes de ser presa, ela foi levada ao pronto-socorro do hospital do Mandaqui. O laudo de atendimento da unidade de saúde afirma que, durante sua permanência no hospital, a mãe da vítima “não demonstrou afeto sobre a possível agressão ao filho”.
Nesta quarta (12) Andréia foi transferida para o presídio de Tremembé (147 km de SP), a mesma penitenciária onde cumpre pena Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, além de outras mulheres envolvidas em crimes de repercussão.
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